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Lana Martínez:

Saímos do carro e o barulho do lado de fora da boate já estava ensurdecedor, Gavi jogou a chave de seu carro para um manobrista qualquer e pegou minha mão, o que me fez abrir um sorriso.

Um sorriso que logo cessou quando eu percebi que ele só havia feito isso para que eu pudesse entrar numa boa na boate.

— Ela está comigo. — Ele disse à um cara que estava parado na porta, o cara apenas assentiu e saiu da frente para entrarmos, como se respeitasse Gavi fortemente, assim que estávamos dentro, Gavi soltou minha mão.

Os garotos estavam vindo logo atrás, enquanto eu estava morrendo de medo daqueles caras estranhos que tinham por ali, fortes e totalmente tatuados, eles me olhavam maliciosamente, enquanto Gavi estava distraído olhando para aquelas vadias que dançavam semi-nuas.

Segurei o braço do Gavi com medo daqueles homens e ele travou o maxilar reprovando minha ação, o soltei rapidamente revirando os olhos.

Gavi nunca consegue ser uma pessoa agradável por muito tempo.

Gavira cumprimentava alguns homens apenas com um gesto feito com a cabeça, já os garotos que vinham logo atrás eram mais despojados, chegam dizendo "e aí, filho da puta" e faziam aqueles comprimentos com as mãos cheios de frescura. Podia ver que Gavi estava desconfortável comigo ali.

Enquanto andávamos passando por toda aquela gente e ouvindo aquele som ensurdecedor de acabar com qualquer audição saudável, alas eram abertas, como se Gavi fosse um chefão ou algo do tipo. E ele era. Podia ver o respeito de todos sobre ele e alguns olhares curiosos sobre mim, pois pelo visto Pablo nunca costumava chegar acompanhado de uma garota em festas.

Agora eu entendia porque Gavira se achava tanto assim, tinha toda essa gente para babar seu ovo, ridículo isso.

— Todos esse homens estranhos e assustador são
Barcelonas? — Perguntei em seu ouvido por causa do barulho.

— A maioria, alguns são apenas parceiros de fé.

— Tô com medo. — Falei.

— Ninguém mandou querer vir. — Ele disse indiferente quase dando um giro completo com a cabeça quando uma garota com um vestido quase mostrando os órgãos passou, puxei o meu vestido um pouco mais para baixo com medo que eu estivesse vulgar igual a mesma.

E claro, Gavi não podia deixar de dar seu showzinho para me irritar, apertou a bunda da garota me deixando puta da vida, ela olhou para trás e deu um sorrisinho do tipo "me come" e ele piscou para ela. Droga, por que ele tinha que fazer isso comigo?

Entrei na primeira multidão que vi, me desfazendo de Gavi que nem percebeu de tanto que ficava metendo a balaca e mexendo com as garotas, saí batendo perna passando furiosa pelos outros e pisando em alguns pés sem pedir desculpas, tentei me acalmar um pouco e comecei a caminhar como uma pessoa normal, dessa vez pedindo licença para poder passar pelas pessoas que dançavam de um jeito um pouco (totalmente) vulgar, principalmente algumas garotas que rebolavam se roçando naqueles homens nojentos. Tinha gente de todos os níveis, garotos mais largados, homens mais sérios, mulheres totalmente vadias, mas também tinham mulheres que pelo o que eu podia ver se davam o valor. E então, me liguei que eu estava totalmente perdida, não me importei e continuei andando.

— E aí, gatinha? Vem sempre aqui? — Senti uma mão em meu ombro, endureci, mas não parei de caminhar, até sentir uma mão indo até meu braço e me puxando. — Não se faça de difícil, vem cá. — Dei de cara com um homem alto e loiro com lindos olhos azuis porém deveria ser bem mais velho. Ele me puxou para perto de seu corpo. — Qual seu nome? — Ele sussurrou em meu ouvido. Eu estava morrendo de medo.

Possessivo - Pablo GaviraOnde histórias criam vida. Descubra agora