Possessivo - Pablo Gavira

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Lana Martínez:

— Lana, sua vadia, estão todos preocupados com você. Como você foge assim? — Ela parou e ficou me olhando com as mãos na cintura esperando uma resposta, só dava para ver a cabeça dos garotos espiando pelo sofá, não pude evitar de sorri e a abracei fortemente.

— Eu não acredito que você está aqui, eu preciso tanto de você. — Falei, e Alice correspondeu meu abraço. — Nós temos muito o que conversar. Depois apresento esses idiotas para você. — Falei a puxando para o quarto e pude ver os olhos de Gavira perdidos nela, mas nem dei bola.

— Lana, seu pai liga todo dia para a minha casa, apavorado, perguntando se eu tenho alguma notícia. — Alice disse sentando-se na cama.

— Ele quer me mandar para minha avó em Marbella, tudo por pilha daquela vagabunda da Ana. — Falei. — Eu não quero ir, se eu voltar eu estou fodida. Estou bem aqui.

— Até eu estaria bem namorando um gostoso desses. — Alice disse. — Acho que você tem muita coisa para me contar, não? Eu sinto sua falta, Lana, e eu estou aqui exatamente para procurar te entender, talvez você tivesse seus motivos por ter escondido tudo isso de mim.

— Meu motivo era medo, medo da sua reação. — Abri o jogo. — Eu não namoro ele, Alice. É bem mais complicado que isso. Você acharia coisa de filme. — Falei e ri fraco.

— Quero saber todos os detalhes e depois nós vamos voltar nesse assunto de seu pai, é muito sério. — Ela disse tendo seus braços cruzados.

— Eu senti sua falta. — Falei amolecendo novamente e sendo obrigada a lhe dar um abraço.

— Chega com essas coisas melosas. — Ela disse fazendo cara de nojo e eu ri. — Vamos, abra o jogo.

Contei tudo pra ela, tudo mesmo, desde de o dia em que conheci Gavi até o acontecido do dia anterior, ela mal acreditava nas histórias, falava coisas do tipo "você é muito idiota, perdeu sua virgindade para salvar Jude, se bem que com um gostoso igual ao Gavi até que tá valendo"' ou
"ah, então ele só entrou na escola por causa daquele Guilherme, porque ele o roubou e trabalhava para Jude, é isso?" e também "QUE? ELE QUE MATOU GUILHERME?" Ela deu um berro que eu cheguei a rezar para que Gavi não tivesse ouvido. "Ele quer que você seja dele sem ele ser seu? Como assim? Ele é louco? Vou lá quebrar a cara desse garoto agora" fui obrigada a segurá-la, se não ela ia fazer um barraco e ainda levar um tiro, acalmei ela dizendo que talvez eu gostasse dele. "Óbvio que você iria se apaixonar, é fraca e garanto que ele faz um bom sexo" eu disse que não era só por causa disso e ela riu. Seria por o que, se ele é o maior idiota que eu conheço?

— Então Bellingham te sequestrou? — Ela perguntou incrédula. — O que ele tem na merda da cabeça?

— E ainda queria que eu o chupasse. — Falei e ela não conseguiu deixar de rir. — Não é engraçado.

— Desculpa, desculpa. — Ela falou. — E Ana trabalha em uma das boates de Gavi, isso?

— Ou trabalhava. Porque aquela boate foi destruída. Não vou deixar ele arrumar outro emprego pra ela.

— Ah, é? E você já está mandando nele também?— Ela riu.

— Eu tento impor algumas ordens, confesso. E sabe de uma coisa, até que ele cai. — Falei baixinho e ela riu. — Vamos lá que eu vou te apresentar os garotos, só não dê bola para a falta de educação do casal Gavi e Pedri. Ferran e Ansu são os mais simpáticos. — Falei e ela riu. — Vem. — Abri a porta do quarto e a levei em direção a sala, ela não estava nem aí, agia como se estivesse na casa de garotos qualquer, sendo que a qualquer momento alguém podia invadir aquele apartamento e matar todo mundo entre várias outras possibilidades.