91

218 16 4
                                    

Pablo Gavira:

— O que foi, caralho? — Ansu veio correndo com Luara no colo até o quarto depois de eu ter jogado um vaso qualquer na parede.

— Que isso, Gavira, que porra foi essa? — Foi a vez de Pedri aparecer.

— Jude. — Tentei controlar a raiva para falar. — Ele está com Lana.

— O que? — Ferran apareceu. — Como assim? — Ele perguntou assustado.

— Não sei, cara, não sei. — Falei passando as mãos pela cabeça bagunçando meus cabelos. — Ela estava vindo para cá, devem tê-la sequestrado no caminho, eu liguei para saber o porquê de ela estar demorando e quem atendeu foi aquele filho da puta. — Dei um soco na parede, minha sede de matar Jude aumentava cada vez mais.

— Vou ligar para Félix e dizer para ele preparar os Barcelonas. — Ansu tomou iniciativa, nem isso eu consegui fazer, meu sangue fervia pra caralho.— Ferran, consegue deixar Luara com Cecília? — Ansu perguntou e Ferran assentiu, em seguida ele saiu com a pequena, mas antes beijei as bochechinhas dela.

— Eu vou matar esse filho da puta. — Rosnei. — Pedri, não fica aí parado, tenta rastrear o numero de Lana, tenho certeza que eles não estão mais no casarão de antes, eles não seriam burros à esse ponto.

Pedri bufou e logo foi até seu computador fazendo aquelas porras que só ele entendia.

— Dez carros ja saíram a procura dela. — Ansu veio me avisar. — Tem mais carros vindo para cá para nos ajudar na busca. — Já falei com todos, nós vamos achar ela.

— Isso é vingança. — Falei para Ansu. — Foi o meio que ele achou de se vingar de mim, ele foi tão cagão que não soube vim diretamente, ele vai tentar matá-la, eu não posso deixar isso acontecer. — Passei na frente de Ansu como um furacão e em seguida eu já estava saindo pela porta, vi ele tentar me alcançar e assim que o fez, entramos no carro. Liguei o rádio comunicador e mandei uma mensagem de texto para que todos os Barcelonas ligassem essa porra também, ordenei para que eles me falassem qualquer mísera informação que eles tivessem.

— Pedri, conseguiu alguma coisa, porra? — Não usei o rádio, liguei para seu celular mesmo.

— O sistema tá fora de área cara, ele deve ter acabado com o celular dela. — Ele disse e eu soqueei o volante, até que o manézinho estava ficando esperto, mas vamos ver até quando.

Lana Martínez:

Acordei em um lugar escuro e sujo, olhei em volta e única coisa que tinha era a cama que eu estava deitada, entrei em desespero e logo eu estava chorando e gritando, havia uma escada média que levava até a saída, subi a mesma e tentei abrir a porcaria da porta, estava trancada. Merda. Avistei duas janelas, fui até elas e tentei abri-las, sem porra de sucesso nenhum, bati contra elas algo que fosse duro o suficiente para tentar acabar com aquele monte de madeiras com prego que impedia a janela de ser aberta sem sucesso também, sem contar que meus braços já estavam cansados. Senti passos se aproximando da porta e fui rapidamente para a cama, envolvi meus joelhos com medo e logo a porta abriu. Era um homem estranho, um Madrista que eu nunca havia visto.

— Me mandaram aqui para brincar um pouquinho. — O homem careca e forte sorriu, eu estremeci.

— Não gosto de brincadeiras. — Falei e minha voz saiu trêmula.

— Que pena, porque eu me amarro. — Ele riu e logo estava sentado na cama, me afastei o máximo que pude, me encolhendo de medo. — Você é uma delicinha. — Ele disse olhando para as minhas coxas nuas. — Isso vai ser divertido, até porque vai ser uma honra lanhar a garota de Gavira.

Possessivo - Pablo GaviraOnde histórias criam vida. Descubra agora