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Pablo Gavira:

Já fazia dois dias que eu havia saído daquela porra de hospital, sem contar que eu havia ficado três dias lá, tudo por causa daquele velho. Eu deveria ter revidado, mas eu disse á Lana que eu poderia apanhar de seu pai, mas eu nunca desistiria dela, nunca. Aliás, ela me fazia uma falta imensa, mas eu estava decidido, ficaria longe dela por enquanto, esperaria a poeira baixar, ela já estava passando por muita coisa por minha causa, o culpado de tudo era eu, se eu fosse um cara melhor, nada disso teria acontecido.

Eu me encontrava em meu escritório naquele casarão, com os pés em cima da mesa e injetando aquela droga em minhas veias, era o único jeito de parar de chorar igual á um bebezão.

Sorri ao sentir o efeito daquela droga, em seguida, minha mente voou longe, eu pensava em tudo, gnomos, coelhinhos, gatinhos, menos no motivo da minha dor, era isso que eu queria.

— Pablo, está tudo bem, cara? — Ferran entrou. — Come isso aqui. — Ele me jogou um pacote do McDonald's. — Você só fica se drogando e não se alimenta, cara. Me dê isso aqui. — Ele veio até mim me deixando limpo, o maluco levou até minha seringa, que porra mesmo.

— Para com isso, Ferran. Não tem necessidade. — Falei.

— Ao invés de ficar aí se envenenando, lute por ela, lute pela garota que você ama. — Essa doeu. Mas eu não tinha desistido de Lana, eu só estava dando um tempo para poeira abaixar, mas eu estava decidido, eu e ela seríamos muito felizes.

— Você não entende... — Falei.

— O que eu não entendo, cara? Você não é o fodão? Vai desistir da garota só porque o pai dela privou ela de tudo? Por que agora tem dois seguranças idiotas na volta dela? Esperava mais de você, Pablo.

— CALA A BOCA, CARALHO. — Levantei-me e bati com força na mesa. — Eu não desisti de Lana, eu nunca faria isso, mas eu vou deixar as coisas se acalmarem um pouco, eu tenho que pensar nela também, ela só está metida em todas essas merdas por minha causa.

— Não entendi por que você está se culpando, Pablo...

— Porque se eu fosse um cara melhor, isso não teria acontecido. — Joguei um objeto qualquer que estava em cima da mesa e joguei no chão. — Mas eu sou assim... Não vou mudar. Lana me aceitou assim e se eu mudasse, eu estaria fazendo isso para agradar o pai dela, coisa que eu nunca vou fazer.

— Qual o plano? — Ferran perguntou, o moleque foi esperto e deduziu que eu tinha um plano.

— Vou deixar o pai dela achar que venceu, Pablo Gavira vai desaparecer por um tempo, já conversei com a minha mãe sobre tudo, ela não vai mais namorar aquele velhote nem se ela quisesse. — Falei. — Lana sempre será minha, sempre. — Concluí.

— Ela vai achar que você desistiu dela, cara. —
Ferran disse

— Eu sei, mas logo, ela irá perceber que está errada. — Tentei dar um sorriso. — Ainda seremos muito felizes, é com ela que eu quero ficar, cara. É com ela que eu quero ter filhos. Você não sabe a felicidade que me consumiu quando minha pequena chamou Lana de mãe. — Dei um sorriso bobo lembrando. — Ela pertence à mim e eu, eu pertenço á ela também.

— TÔ COM UMA RAIVA DO CARALHO. — Ansu entrou em meu escritório e eu e Ferran o olhamos sem entender. — Ela fez de tudo para impedir que eu fosse embora pra Madrid e eu não fiz nada por ela. — Ansu se culpava. — Agora ela vai para Marbella, daqui à um mês, Pablo você tem que fazer algo se você realmente a ama. — Ele me xingou e eu travei o maxilar.

— Vocês ainda vão ver muito Lana na vida, principalmente quando casarmos. — Falei confiante, respirei fundo. — Vou precisar da ajuda de vocês, tenho um plano. — Sorri. — Chamem Pedri. — Assim que Pedri entrou, contei tudo o que tinha em minha mente para eles, Pablo Gavira não desiste fácil.

Possessivo - Pablo GaviraOnde histórias criam vida. Descubra agora