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Lana Gavira:

— Vamos rápido, Lice. — Bati com força na porta de seu quarto. — Nossa investigação tem que começar cedo.

— Você quer mesmo fazer isso? Tem certeza que não é paranoia, Martínez? — Ela disse depois de abrir a porta de seu quarto com a maior cara de cu.

— Tenho. — Falei com firmeza.

— Gavira não está te traindo, Martínez. Coloque isso na sua cabeça.

[...]

— Minha cabeça está doendo de tanto que eu estudei. — Comentei com Gavira, enquanto eu me jogava em nossa cama.

— É, nem sexo nós fazemos mais. — Ele disse irritado.

— Não começa, Gavira. — O repreendi. — Eu vou ter provas a semana inteira, preciso me focar nos estudos, não estou mais no ensino médio, a dificuldade das coisas se multiplicaram agora. — Falei.

— É, eu percebi isso há uma semana atrás quando eu comecei a me satisfazer com minha própria mão. — A irritabilidade na sua voz era nítida e confesso que até senti uma vontade de rir. — Vou tomar um banho. — Ele disse jogando seu celular na cama e indo em direção ao banheiro. — Você vem? — Ele perguntou antes de entrar, mas se eu fosse, eu sei o que Gavira iria querer e era o que eu menos podia fazer agora, eu estava podre de cansada.

— É que...

— Beleza. — Ele fechou a porta do banheiro com força.

— Mamãeeeee. — Luara veio correndo e se jogou na cama. — Tio Pedri me buscou hoje.

— Oi, minha linda. — A beijei. — Como foi a escolinha? — Perguntei

— Foi legal, eu fix um desenho pra voxê, óia. ã Ela abriu sua mochilinha e tirou uma folha de ofício, onde estava desenhado eu, Gavi, ela, Lice, Pedri, Ferran e Ansu.

— Que lindo. — Falei e ela sorriu. — Por que a cabeça do tio Ansu está enorme desse jeito?

— Porque uma veis ele dixe pro papai que só a cabexinha dele já era enoime. — Luara disse aquilo e eu me engasguei com a minha própria saliva. Ainda bem que ela era pequena e ingênua.

— Tá tudo muito lindo, igual à você. — Falei.

— Aqui é a tia Alice. — Ela apontou para Lice no desenho, percebi que ela havia desenhado umas asas na mesma. — E aqui são suas asinhas. — Luara disse satisfeita.

— Luara, não quero você chamando a tia Alice de barata, está entendendo? Droga, como eu vou fazer você parar de ir na pilha do idiota do seu pai?

— Onde tá o papai? — Ela perguntou.

— Tomando banho e daqui á pouco quem fará isso é você.

— Não. — Ela disse e saiu correndo, eu teria que ter cuidado com Luara, ela já tinha aquela esperteza toda tendo apenas três anos.

Fiquei atirada ali por alguns poucos minutos e então meus olhos pararam no celular de Gavira que estava ali atirado, logo uma curiosidade me percorreu, eu era sua mulher, eu tinha esse direito. Peguei o celular e comecei a mexer, primeiramente vi suas fotos em seguida, eu fui em suas mensagens... Comecei a ler uma por uma, até que eu vi uma que mais me chamou atenção. O contato se chamava "Cara", mas a mensagem não parecia ser de um homem, pois continha o seguinte conteúdo:

"Adorei ter me encontrado com você ontem, espero que isso possa se repetir mais vezes.

Beijos, Sofia."

Possessivo - Pablo GaviraOnde histórias criam vida. Descubra agora