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Pablo Gavira:

Já vi que seria difícil trazer Lana novamente para mim, ela iria começar com os seus joguinhos chatos e eu iria ter que fazer tudo para vencê-los, mas eu estava disposto, até achava divertido e sexy, pelo menos ela não estavam tão mais brava comigo.

Quando ligaram para minha mãe dizendo que ela havia sofrido um acidente, juro que senti como se eu tivesse sido atingido por uns dez tiros, eu ficava mais preocupado do que o normal quando acontecia algo com ela, minha mãe ainda queria trocar de roupas, mas eu não deixei, ou ela saia daquele jeito mesmo ou eu iria sozinho. Haviam socado Lana em um hospital público horrível, ela estava desmaiada e a emergência não era nada boa, fui obrigado à pedir transferência e arquei com todas as despesas, paguei até mais caro exigindo o melhor atendimento para ela, sendo que os exames que fizeram, que geralmente sairiam no dia seguinte, saíram no mesmo dia. Espero que ela não saiba de nada, se não surtaria.

— Por que arcou com todas as despesas? — Ela perguntou e eu estranhei, quem havia contado isso à ela?

— O que? Como...

— Obriguei sua mãe à falar. — Ela disse. — Obrigada mesmo, Gavira. Mas você sabe que meu pai vai querer devolver o dinheiro, nada mais justo.

— Lana, eu tô pouco me fodendo pro que eu gastei neste hospital, o importante é que você está bem. Tá, eu sei, isso é gay, mas eu realmente me preocupo com você.

— Agora quem se sente culpada sou eu, vou ir para um bar, ficar bêbada e pegar algumas mulheres que parecem perfeitamente homens.

— Vai começar? Esqueça essa porra de história. Comparação desnecessária. — Falei irritado, eu já estava cansado de ser zoado por causa dessa porra.

— Desculpa, nunca mais toco neste assunto. — Ela disse. — Mas aquela morena parecia perfeitamente uma mulher, a loira já dava para ter uma desconfiança, mas a ruiva... Sem comentários.

— Chega, Lana. Que cacete isso. — Eu realmente estava ficando irritado, ela sabia me irritar perfeitamente.

— Tá, desculpa. — Ela riu e confesso que até me deu uma vontade mínima de rir também, apesar de eu ficar puto da vida quando tocavam naquela droga de assunto. — E Luara, onde está? — Adorava o jeito que ela se importava com a minha pequena.

— Está aqui no hospital. — Sorri. — A Cecília está com ela, quer vê-la?

— Lógico. — Ela deu um sorriso lindo.

— Já volto. — Falei beijando sua bochecha e em seguida saí para buscar Luara, desci até a sala onde minha mãe estava.

— Pablo? Como está Lana?

— Está linda como sempre. — Falei pegando Luara de seu colo, a pequena deu uma gargalhada fazendo eu espremer suas bochechas com um beijo. — Quer ver Luara. — Falei saindo e indo para o elevador, em seguida eu já estava entrando no quarto de Lana novamente.

— Nossa, você voou. — Ela disse, pois eu realmente havia sido rápido. — Luara. — Ela abriu um largo sorriso ao ver a pequena que deu um grito feliz ao vê-la. — Awn meu amor, eu não posso te pegar. — Lana fez uma cara triste e eu inclinei Luara para frente para que Lana pudesse beijar suas bochechinhas. — Como está a creche? — Ela perguntou e ela deu um grito mais alto ainda.

— Diz pra Lana que o papai jogou fora aquele
DVD irritante com aquelas vaquinhas ridículas e colocou um DVD só de clipes do Tupac para você ver. — Eu disse e Lana me olhou rapidamente.

— Você não está falando sério, né?

— Por que não estaria? Tupac também é educativo, olha as letras do cara.

Possessivo - Pablo GaviraOnde histórias criam vida. Descubra agora