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Lana Martínez:

— Pra que, Gavira? — Perguntei mas ele me deixou sem resposta, apenas virou as costas. O que será que ele quer comigo?

Logo lembrei-me de Alice e de Bellingham e saí correndo afim de chegar na casa da mesma para ver se Jude estava bem.

— ALICE, ONDE ESTÁ O JUDE? ELE ESTÁ BEM? — Entro na casa dela gritando, a porta estava aberta, mas mesmo assim era uma tremenda falta de educação, sorte que os pais dela não estavam.

— Calma Lana, Nossa... — Diz assustada. — Ele está lá em cima, tá bem e tals, quero dizer... Não está morto. — Fui correndo para o quarto que até tropecei nas escadas, ouvi a Lice rindo mas nem liguei. Entrei e vi o Bellingham olhando fixamente para o teto.

— Jude você está bem? — Eu fiz uma pergunta idiota. — Eu fiquei preocupada.

— Você não deveria ter se metido. — Ele diz curto e grosso. — Eu ia acabar com ele.

— Jude, sem querer dizer nada mas... Você estava apanhando que nem aqueles bonecos de boxer. — Falei com cuidado pois não queria pisar nos sentimentos dele.

— Você que viu mal, eu ia acabar com ele. — Realmente Gavi tinha batido muito nele. — E você pisou no meu orgulho, isso vai pegar mal para mim.

— Você está sendo infantil, cara. — Falei

— E injusto também. — Alice.

— Não interessa, só fiquem fora disso. — Disse ele friamente. — Quero ir embora, onde está o
Vini?

Jude estava sendo totalmente injusto com a gente, se ele acha que iria derrotar Gavi, me desculpa, ele está vendo unicórnios em Marte, eu estava com um ódio, minha vontade era de chegar até o Gavira e dizer: "Oi, pode matar o meu amigo eu não ligo mais para ele..."

Mas eu era idiota e tinha esperanças de que Bellingham iria voltar a ser como era antes...
Vini logo veio e ajudou Bellingham a descer as escadas e ir embora.

— Sabe onde está o velho Jude? — Diz Alice pasma.

— Se soubesse já teria trazido a muito tempo. — Digo com voz triste. — Mas mudando de assunto... — respiro fundo. — o que era que iria me contar de tão importante, Alice Sanchéz? — Amava irritá-la.

— Que eu conheci um garoto lindo e simpático. — Diz ela.

— Então tá querendo dizer que você desencalhou e eu não? É isso? — Nós duas rimos.

— Para Lana, você está encalhada porque quer, tem vários gatinhos que te dão mole. — Rimos de novo. — E você tem dezessete anos, tem tempo para tudo.

— Você falou que nem minha avó de Marbella agora — Alice riu.

— Mas então Lana, agora que me toquei. — Alice disse e a olhei. — Por que não veio junto com o Jude e Vini? Ele disse que você estava na hora da briga, mas só veio depois. — Endureci na hora.

— É que... — Merda, e agora? — Eu estava falando com o Gavi. — Eu disse receosa.

— O QUE? — Alice berrou se levantando da cama — Você falou com aquele gostoso? E você está viva? Vem cá, me dá um abraço. — Exagerada sempre.

— Para, Alice Sanchéz.

— Não é assim, é só Alice. — Me repreendeu.

— Tá, Alice, como você pode venerar aquele garoto? Ele quase matou nosso amigo.

— Mas bem que ele mereceu, olha como ele nos tratou, como duas estranhas. Se bobear falo para aquela gangue. The Madridistas?

— The Madristas. — Digo.

— Foda-se... Um monte de podres.

— Que menina rebelde... — Falei.

— Mas enfim, o que você falou para o Gavi?— Ela voltou nesse assunto, droga achei que tinha me livrado.

— Nada demais, só pedi para ele ficar longe do Jude.

— Você ficou louca? Onde está?

— O que?

— O tiro que o Gavi te deu para você ter falado isso? — Eu ri.

— Idiota.

— Me ama demais. O que ele disse?

— Nada, apenas riu da minha cara e foi embora
— Menti, odeio mentir para Alice.

— Sua sorte foi que ele riu do que te dar um tiro. — Diz ela.

Conversamos mais um pouco e fui embora, então eu evitei a rua seis, pois estava me dando muito problema.

Era sete e meia e aquela frase estava me aterrorizando: "Você hoje a noite lá em casa", o que ele quer comigo? Fiquei pensando comigo
Não vou, eu vou, não vou, eu vou, não vou...

EU VOU.

Enrolei um pouco na minha cama até que deu oito e meia então comecei a me arrumar, coloquei algumas roupas largas, pois não queria que Gavi visse nada.

Pensei em levar uma faca ou um estilete, mas depois desisti... se eu levasse um pedaço de bolo da Ana? Pois parece uma pedra... No final decidi levar nada.

Eram nove e quinze, e eu estava atrasada, nem tinha horário, pulei a janela porque tinha que sair escondida.

Gavi poderia ser um cavaleiro e buscar com seu carro luxuoso, mas não, tinha que passar pela rua seis, pois ele morava em um condomínio luxuoso que ficava naquela rua.

Entrei no elevador, décimo andar, se algo sobrenatural me atingisse, podia tacar eles da janela, tinha uma vantagem, toquei a campainha.

— Mas olha quem está aqui. — Disse Ansu. — Entre, ah... Não sabemos seu nome e nem importa.

— Vamos direto ao assunto, o que querem comigo? — Coloco a mão na cintura.

— Nós, nada, mas acho que Gavi quer muita coisa. — Do nada Pedri surgindo na conversa. — Estamos de saída, vamos Ferran, parece uma tartaruga.

— Não cara... Fiquem por favor. — O que eu menos queria era ficar sozinha com Gavi — Me ensinem nomes de armas, como se atira, vamos tomar chá, jogar vídeo-game, ver jogo de futebol, mas por favor, não me deixem sozinha com o Gavi.

— Tchau. — Diz Ferran piscando pra mim, me deixando sozinha naquela sala enorme... Não tinha visto Gavi até agora.

— Ah. — Ansu semiabriu a porta e colocou a cabeça para dentro. — Gavi está no banheiro, espere ele no sofá. — Odeio aquele sofá também.

— E não quebre nada. — Diz Pedri.

Sentei no sofá e esperei por dez minutos e aparece o Gavira apenas de calção e cabelos molhados, droga, esse idiota é gostoso mesmo. Eu confesso.

— Você... — Diz ele passando a mão nos cabelos molhados. — Pensei que não ia vir.

— É... Trato é trato, né, agora posso ir?

— Quer beber alguma coisa? Água? Vodka? Veneno?

Possessivo - Pablo GaviraOnde histórias criam vida. Descubra agora