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Pablo Gavira:

Eu estava pisando em todo o orgulho que eu tinha, mas era necessário, eu não aguentava mais ficar sem ela, ela havia se tornado tudo para mim, por mais que eu tivesse demorado cem anos para entender isso, por mais que eu tivesse omitido de mim mesmo, eu gostava dela, eu era apaixonado por ela, eu a amava, sem contar que eu não conseguia comer mais ninguém sem pensar nela. Era Lana quem eu queria, eu queria que ela fosse minha, mas eu também queria tentar ser somente dela, se bem que não tendo olhos para outras mulheres.

Porra, Pablo Gavira, o que está acontecendo?
Que viadagem é essa? Você nunca foi de se apaixonar por ninguém, sempre foi do tipo garanhão e agora quer ser namorinho. Droga, nem eu estava me reconhecendo, nenhuma garota havia me deixado assim antes, nunca fui de uma mulher só, meus namoros foram no máximo de uma semana, depois eu enjoava.

— Um casal? — Lan estava sem entender nada, e eu não tirava sua razão, eu estava sempre a tratando mal e com indiferença e então, em um certo dia, eu resolvo chama-la para confessar que eu realmente sinto algo por ela.

— Sim, mas se você não quiser. — Falei. — Eu aceito e ainda te dou toda a razão do mundo, você não merece um merdão como eu. — Confesso que fui um pouco dramático.

— Pablo... — Ela disse com aquela sua voz de garotinha. — Eu gosto muito de você, eu amo você e eu já lhe disse isso, porém, você já me magoou demais e eu não sei se eu quero passar por isso, nós dois sabemos que você não se compromete com ninguém, você só quer essa sua vidinha de vadiagem, por que mudaria do nada?— Ela havia falado apenas a verdade, mas eu tinha a resposta.

— Por você, porque eu não consigo olhar para mais nenhuma porra de vadia, eu só consigo pensar em você, droga. — Eu estava me alterando, tudo aquilo era novidade para mim. — Lana... Eu...

— Isso é muito para mim. — Ela disse. — Eu acho que eu estou ficando sem ar.

— Eu quero namorar você, eu quero ficar com você, eu quero fazer o caralho á quatro com você. — Falei. — Mas se você disser não, eu juro que vou entender.

— Não. — Porra, ela disse não.

— NÃO? POR QUE NÃO, PORRA? EU ESTOU AQUI PRATICAMENTE ME HUMILHANDO PARA VOCÊ. — Acho que me alterei demais. — Eu acabei de dizer que sou apaixonado por você, que eu realmente gosto de você e você me diz não? — Falei e vi ela começar a rir, fiquei sem entender.

— Viu, Gavira? — Ela disse chegando mais perto. — Você não entenderia se eu dissesse não. — Senti seus doces lábios grudarem nos meus e logo nós estávamos dando um beijo veloz, meu amigo de baixo já estava dando sinal de vida, e eu puxei Lana para mais perto de mim, fazendo sua intimidade coberta se chocar contra ele, ela deu um gemido me deixando louco.

— Então você aceita ser minha? — Eu disse ofegante por causa do beijo.

— Ser sua, eu já fui uma vez, Gavira. A questão é, você, você será meu também? — Ela perguntou e eu logo ri.

— Eu sempre fui. — Falei. — Eu só era apenas bom em negar isso. — Falei e ela ficou me olhando, como se tivesse conseguido um prêmio.

— Eu te amo, Pablo Gavira. — Ela disse olhando profundamente em meus olhos, eu abri um sorriso a fazendo sorrir também.

— Eu também. — Falei. — Também me amo. — Eu ri e vi ela ficar me olhando com as sobrancelhas arqueadas. — Calma, gata, eu amo você também.

— Eu não acredito que eu estou ouvindo isso, repete. — Ela disse sorrindo. — Mas repete com carinho.

— Eu te amo, Lana. — Sussurei em seu ouvido. — Te amo pra caralho. — Sorri. — Agora, se você quiser ouvir mais disso... Hmm... Só na cama. — Me aproveitei do momento, eu precisava de uma boa transa com ela.

Possessivo - Pablo GaviraOnde histórias criam vida. Descubra agora