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Lana Martínez:

Em seguida, Ansu e Ferran vieram, se atirando um de cada lado meu naquele sofá.

— Nossa, tô cansadão. — Ansu disse ofegante. —
Mandei a ver naquela pista, eu sou muito fodástico.

— A melhor parte foi quando você pisou na calda do vestido daquela loira gostosona, fazendo ela mostrar os melões. — Ferran disse e riu.

— Oi, eu estou aqui, entre vocês e tal. — Falei chamando a atenção deles.

— O que foi aquilo? Por que você bateu naquela mulher? — Ferran perguntou. — Foi difícil tentar segurá-la, mas até que foi bom, minhas mãos pararam nos peitos dela.

— Não acredito que eu perdi essa tal briga. — Ansu cruzou os braços boladão.

— Eu quero sentar. — Gavi disse mandão ao voltar com uma bebida em uma das mãos. Só havia três lugares naquela sofá ocupados por mim e pelos garotos.

— Ah não, Gavi. Tô cansado, mandei a ver naquela pista, dancei pra caralho. Sou muito foda. — Ansu dizia se achando.

— Não, eu sou foda, tu é fodinha. — Ferran disse.

— E eu sou fodão. — Gavira falou sempre querendo estar no topo.

— E eu sou linda, maravilhosa e não vou levantar, nem adianta. — Me entrosei no assunto.

— Óbvio que vai, eu que mando nessa porra. — Gavi disse e eu ri debochada.

— Só porque a boate é sua. — Eu havia descoberto aquilo apenas na hora que eu me embolei com Ana. — Não quer dizer que eu tenha que te obedecer.

— Quer sim e você vai levantar. — Ele disse autoritário.

— Vou não.

— Levanta, Lana.

— Não.

— Levanta, caralho.

— Não.

— Segura aqui, Ferran. — Gavira deu a bebida para ele segurar e logo me puxou com força, me tirando do lugar. Filho da puta. Ele sentou e me puxou de volta, fazendo eu sentar em seu colo. — Valeu. — Ele pegou a bebida de volta, porém a taça estava vazia.

— Eu que agradeço, cara. Eu estava com uma sede do caralho. — Eu e Ansu rimos.

— Ah não, seu cuzão. Tu vai pegar outra, animal.
— Gavi xingou e ele levantou-se indo pegar.

— Esse é meu garoto. — Ansu disse se referindo à
Ferran.

— Por isso que eu gosto dele. — Falei.

— Você só tem que gostar de mim, o resto é o resto. — Gavi disse e eu revirei os olhos, tentei sair de seu colo para sentar no lugar vago de Ferran, mas Gavira não deixou.

Eu tinha meus braços envolvidos em seu pescoço e nós dávamos leves selinhos frequentemente, eu me sentia nas nuvens quando Gavi ficava carinhoso desse jeito, mas eu tinha que aproveitar, pois não era nem um pouco duradouro.

— Segurando vela, Ansu? — Ferran voltou com duas bebidas, entregando uma para Gavira.

— Não, mas tô segurando uma arma. — Ansu disse e Ferran sentou-se.

— Peguei só quatro garotas hoje. — Ferran começou a dizer. — Não estou motivado.

— Isso é sua viadagem dizendo "oi". — Gavi disse dando um gole em sua bebida.

— Peguei sete, três foram ao mesmo tempo, ah, papai. Tô de boa. — Ansu disse tragando um cigarro.

— E você, Gavi? — Perguntei implicante. — Pegou quantas?

— Se você quiser, eu levanto daqui e pego todas daquele grupinho ali. — Ele disse apontando para um grupo com cerca de quinze mulheres. — Mas depois não reclama que eu te trato como vadia. — Ele disse roubando o cigarro de Ansu e tragando, logo fazendo um anel perfeito.

— Grosso. — Falei fazendo uma careta.

— Meu pau.

— Ora, ora... Olha quem se tornou a vadia do Gavira. — Ouvi uma voz que não pertencia à Pablo, nem aos garotos, olhei bem e não pude acreditar quando vi Bellingham parado em nossa frente. "Agora vai foder a porra toda". Pensei comigo.

— Você não tem mesmo medo de morrer né, Bellingham? — Gavi me tirou de seu colo, levantando-se para encarar Jude, os garotos levantaram também, logo chegou Pedri se posicionando, Jude estava com mais três homens, estava tudo parelho, quatro de um lado e quatro de outro. — Quem deixou você entrar? — Gavi perguntou encarando Bellingham de perto, pareciam que iam se beijar.

— Digamos que eu tive que matar um ou dois, mas isso não importa, você já tirou a vida vários homens meus. — Bellingham disse com um sorriso e eu pude concluí que eu não o conhecia mais.

Dezenas de Barcelonars começaram a se aproximar, mas Gavi fez um gesto negativo para eles com a mão.

— Não se preocupem, caras. — Gavi disse. — Eu gosto de igualdade. — Os homens assentiram, confiavam em Gavira. — As gatinhas aqui não arranham. — Ele se referiu à Jude, Vini e aos outros dois caras que estavam junto. — Só miam.
— Gavi riu. — O que vocês querem?

— Nada, só queríamos ver como está o movimento. — Jude disse mostrando indiferença.

— Você é um líder. Madrista, Madristas não são bem vindos, são bem mortos. — Ansu disse.

— Vocês tem quinze segundos para saírem, são centenas de homens contra quatro de vocês. — Ferran disse e Gavi só observava sério, como se soubesse que alguma coisa estava errada.

— Eu acho que não. — Jude Bellingham apertou um aparelhinho e em seguida a boate foi invadida por muitos Borussies dando tiros para cima, coloquei minhas mãos na cabeça como se fosse adiantar algo, havia mulheres correndo dando gritos histéricos de um lado para o outro.

— Porra, caralho. — Gavi exclamou pegando seu revólver. — Sobe, Lana. — Ele gritou apontando para uma escada que havia lá no fundo. — Não sai de lá, depois eu vou te buscar. — Ele disse protetor e seguiu em frente atirando.

Havia sido uma armação e tanto dos Borussies.
Saí correndo em direção a escada e subi correndo nervosa, tropeçando várias vezes, eu estava totalmente preocupada com os garotos, achei uma sala qualquer e me tranquei nela.

Ouvia os barulhos de tiro descontroladamente e já pensava no pior, eu rezava para que ninguém estivesse ferido o que seria um pouco impossível.

Depois de um certo tempo resolvi sair de lá, pois eu precisava saber o que estava acontecendo, desci as escadas e logo avistei homens feridos e até mortos atirados no chão, o que me deixou mais em pânico ainda, continuei caminhando e senti o vento de uma bala que passou ao meu lado.

Avistei Gavi que atirava profissionalmente escondido atrás de algo qualquer, eu fazia de tudo para que ele não me visse, até que senti uma dor horrível no peito quando o avistei levando um tiro em seu braço. Gavira largou o revólver no chão e levou à mão esquerda ao braço direito que estava sangrando, sua expressão era de dor, ele tentou pegar o revólver de volta para continuar atirando, mas pude ver que ele não tinha mais força no braço.

Corri, não me importando com mais nada, eu precisava ajudá-lo ou coisa e tal, mas antes que eu chegasse até ele, fui impedida.

— Você... Ah, você vem comigo. — Ouvi a voz de Jude enquanto suas mãos seguravam meu cabelo me puxando para mais perto, me agarrou por trás e me levou até a saída, quando Gavira viu, já não podia fazer mais nada.

Jude me levou a força para o seu carro, chegando até a me machucar, vi muito de seus homens saírem feridos, mas eu estava mesmo preocupada era com Gavi, mesmo sabendo que os garotos cuidariam dele. Não estava nem ligando pelo fato de eu estar sendo sequestrada, até porque Bellingham não faria nenhum mal para mim. Eu acho.

Possessivo - Pablo GaviraOnde histórias criam vida. Descubra agora