Possessivo - Pablo Gavira

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Lana Martínez:

— Bem vindo ao seu novo lar. á Pablo desceu do carro e me puxou, o lugar era incrível, o jardim era lindo, apesar de precisar de mais alguns cuidados.

— Isso é uma mansão, Gavira. — Falei.

— Sério? Nem percebi. — Ele ironizou. — Eu já tenho essa mansão há um bom tempo. — Ele começou à falar. — Uma vez, eu saí de Los Palacios y Villafranca, minha cidade natal, uma cidade praticamente minúscula e vim parar aqui em Madrid, eu me encantei por tudo, tudo mesmo, até o fato de o idioma falado ser espanhol e então eu e os garotos acabamos achando essa mansão, eu me apaixonei por ela e fui obrigado a comprá-la, porém eu me mudei para Barcelona, pois lá as gangues tem mais chances de sobrevivência e essa mansão ficou meio que abandonada. — Eu prestava atenção em tudo. — Eu estava prestes a vendê-la, mas então, eu descobri através de Alice, que a universidade que você iria cursar seria aqui por Madrid, então tudo se encaixou, ontem mesmo, momentos depois da sua formatura... — Antes de continuar ele sentou-se naquela grama eu sentei-me ao seu lado, ele me abraçou de lado, fazendo-me sentir segura e mais curiosa ainda. — Alice foi lá para o apartamento e me deu essa notícia, fiz questão de vir correndo para cá, pois lembrei da mansão, liguei para Lewandowski preparar meu jatinho e vim ver como estava a situação e deixei a parte de raptar você para Ansu e Ferran, enquanto eu resolvia algumas coisas por aqui... — Ele terminou de falar e eu estava incrédula. — Na verdade, eu já estava planejando fazer você fugir comigo desde o momento em que seu pai tirou você de mim, mas eu ainda não sabia para onde te levar...

— E eu achava que o destino estava contra a gente. — Falei com um sorriso no rosto.

— Ah, você estava linda ontem, era a formanda mas perfeita de todas.

— EU SABIA. — Gritei. — Você foi, eu vi você, mas logo você sumiu.

— Eu só queria deixar a entender que eu ainda estava por perto, que eu não tinha me afastado.
— Ele piscou para mim. — Eu estava a par de todos os seus passos, Lana. Quando eu achava que eu não iria mais aguentar de saudades, eu ia para frente daquela droga de escola e ficava esperando você sair, meu sonho era quebrar aqueles seus seguranças e pegar você, mas eu tinha que me conter, eu sabia que nossa hora iria chegar... S chegou. — Gavira abriu um sorriso e meus olhos já estavam vermelhos, dando sinal de choro, eu nunca imaginei aquilo.

— Não sei nem o que dizer. — Falei. — Você consegue me deixar sem palavras...

— Eu sou o poder. — Ele foi convencido.

— Ficou sabendo que eu fui detida por causa de
Gabriela?

— Sim, por que você acha que ficou apenas um dia e meio naquele lugar porque?

— Porque meu pai pagou uma fiança extremamente cara. — Respondi estranhando aquilo.

— Mesmo seu pai pagando essa fiança, eles nunca iriam deixar você ficar apenas um dia e meio depois de agredir alguém, Lana. — Gavira disse. — A fiança que seu pai pagou, era para você ter saído uns três dias depois no mínimo, eu te falei uma vez, Lana, eu conheço os tiras e sei como manuseá-los direitinho, então fui lá e mandei um papo para eles. —  Gavira riu. — E Gabriela, bom, pode ter certeza que eu não deixei barato para ela...

— O que você...

— Ah, mandei alguns Barcelonars darem conta dela... Nada demais. — Ele deu de ombros.

— Mas... — Droga, Gavi estava fodendo mesmo com a minha capacidade de raciocínio. — Alicd disse que só contou á você que eu fui detida depois que eu saí daquele lugar.