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Alice

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Alice

Questiono-me e decido sair do prédio e decido ir para a praia que fica de frente para o hospital. Já está quase escurecendo e o mar está calmo. O som da festa está distante agora e apenas a voz dos meus pensamentos está ecoando dentro dos meus ouvidos. Ao longe o sol se esconde atrás dos limites das águas e suspiro audível pensando que eu devia ir embora daqui. Me afastar dele e desses pensamentos sedutores, que sempre me impulsiona na mesma direção... a dele.

Eu queria ser uma gata agora e juro que daria uma de minhas vidas por um beijo seu.

— Lindo, não é? — Sua voz ecoa atrás de mim, fazendo o meu coração saltar com violência dentro do meu peito. Eu puxo o ar, mas ele não vem. Portanto, decido não o olhar. Se eu fizer, sei que cairei em tentação.

Pronto, caí em tentação! Penso após girar a minha cabeça para o lado e encontrá-lo em pé, e com as mãos enfiadas nos bolsos de suas calças de tecido folgado. Sua camisa tem metade dos botões abertos e o vento está bagunçando os seus cabelos. E isso me deixa com uma vontade insana de ir lá arrumá-los no seu devido lugar.

Novamente a minha capacidade de respirar é tirada de mim quando ele dá dois passos e para bem do meu lado. E covardemente, desvio os meus olhos de cima dele.

— Sim, é lindo — sussurro com fingido desdém. No entanto, sinto que os seus olhos estão em cima de mim.

Não estou me reconhecendo. Me sinto frágil e receosa perto dele. Onde está a minha audácia e a minha petulância? Desde quando recuo de um desafio?

— Não sabia que você vinha para festa. — Ele fala me despertando.

— Não queria que eu viesse? — O olho finalmente.

— Não. Quer dizer, não foi isso o que eu quis dizer. — Lucca dá mais dois passos decisivos em minha direção e outra vez eu me esqueço de respirar. Seus olhos intensos varrem a minha face e no segundo seguinte ele se aproxima ainda mais. Contudo, não consigo ter qualquer reação. — Senti sua falta! — declara com um sussurro e com voz rouca.

Céus, eu queria poder dizer que não. Queria sair correndo daqui, mas que droga, Alice! Desde quando você foge da raia? Portanto, puxo a respiração que havia perdido e me deixo levar.

— Me beije, Lucca! — Peço tão somente e suas pupilas dilatam no mesmo instante.

Ávido, ele me puxa bruscamente, colando os nossos corpos e toma a minha boca com uma paixão insanamente desconhecida. O seu beijo rouba o meu ar, a minha sanidade e a minha consciência. No ato, ele me ergue do chão e imediatamente as minhas pernas o envolvem. Contudo, ele para o beijo e tomamos o fôlego.

— Vamos sair daqui. — Lucca sugere baixo.

E eu penso que devo ter perdido mesmo o meu juízo quando me escuto responder-lhe.

12. Ardente PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora