Lucca Fassini é um homem maduro e determinado que sabe o que quer. Além de ser um dos herdeiros das milionárias indústrias Fassini Ltda. Contudo, ele largou todo luxo e conforto da casa dos seus pais para viver o sonho de se tornar um bombeiro, pois...
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Lucca
É extremamente irritante ver esse Téo arrastando as asas para Alice.
Porra, o cara vive colado nela praticamente vinte e quatro horas por dia! Só pode ser brincadeira! Preciso falar com Daniel, ele precisa providenciar outro segurança, se ele não fizer, eu mesmo faço. Paro o carro em frente a emissora onde Alice trabalha. Saio do carro e abro a porta para ela passar. O Téo para o seu carro logo a frente do meu. O idiota se aproxima da minha namorada como se fosse a sombra dela...
É mole?
Ele é segurança e cameraman. Ou seja, eles estão juntos o dia inteiro. Salvo quando ela está em minha casa e em minha cama a noite.
—Eu preciso ir à minha sala pegar algumas coisas... Vocês podem ir para o almoxarifado, encontro os dois lá. — Ela diz parando abruptamente.
—Alice eu não acho... — O Téo tenta intervir.
Sério?
Ele quer o que? Acompanhá-la até a sua sala? Não mesmo meu amigo, se alguém tiver de acompanhá-la, esse serei eu ... Bufo internamente. Ele que se atreva.
— Não vou demorar Téo. A final o que pode me acontecer? Renan está preso e eu só vou demorar alguns minutos.
O homem hesita.
Estou a ponto de explodir com a sua insistência. saímos lado a lado pelo amplo corredor até chegarmos na sala onde houve o incêndio. A porta ainda está lá, do mesmo jeito. Nada foi tirado de lugar. Levo a mão ao trinco e abro a porta. O cheiro forte de queimado ainda está impregnado no ambiente. Tudo aqui foi consumido pelo fogo... Ou quase tudo... Há resquícios de papéis, nada muito importante. Observo a lixeira de plástico derretido, ainda há pedaços de papel lá e uma... Caixa de fósforo?
Estranho.
— Não precisa se sentir inseguro com a minha presença Lucca. Alice é só mais um caso de trabalho pra mim. — Téo diz atraindo a minha atenção.
— O que te faz pensar que estou inseguro? — Inquiro com desdém.
Ele sorri.
— Sua cara... A mão que não para de tocá-la, como se quisesse me lembrar o tempo todo que ela é sua.
Junto as sobrancelhas, incomodado com o tom sarcástico do imbecil.
— Não entendo por que você tem que ficar grudado a ela como se fosse uma sombra. Acho um tremendo exagero. — Resmungo olhando atentamente um ponto de energia perto da mesa que foi totalmente destruído pelo fogo.
— Faz parte do meu trabalho Lucca. Eu tenho que mantê-la segura.
Me levanto e encaro o homem fuçando uma das estantes de metal.
— Pelo que eu sei, Renan Backer está preso. Não vejo mais necessidade de você estar grudado a minha namorada. — Digo em um tom seco.