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Lucca

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Lucca

Já é final de tarde quando o quarto finalmente fica quieto e vazio. Eu me sento na cadeira do lado da sua cama e seguro a sua mão depositando um beijo cálido ali. Inclino a minha cabeça e fecho os meus olhos sentindo o peso do cansaço sobre os meus ombros... Não demora e ouço um grito de desespero no quarto. Eu abro os olhos e vejo Alice chorando e sentada na cama.

Um pesadelo. Penso e a puxo para os meus braços.

—Já passou, Foguetinho! Já passou! — sibilo com voz calma próximo ao seu ouvido.

Alice se afasta dos meus braços e toca o meu rosto com as pontas dos seus dedos. É como se não acreditasse que estou aqui ao seu lado. O toque me faz fechar os olhos e apreciar o contato matando a maldita saudade que me consome. Ela começa a chorar e em um impulso protetor, a tiro da cama e a carrego nos meus braços.

— Me diz que não é um sonho? — Pede. O desespero, o choro, essa súplica. Tudo o que ela reflete agora oprime o meu coração. Ele precisa pagar. Penso possuído por uma vontade insana de ir até aquele maldito quarto de UTI e terminar o que Adriana não conseguiu fazer. Puxo a respiração e tento focar em Alice.

— Não é um sonho, meu amor. Eu estou aqui e está tudo bem. — A conforto, enquanto afago as suas costas e beija suavemente os seus cabelos. — Preciso que se deite, Alice. — Peço. Relutante a solto dos meus abraços e a deito no colchão.

Alice pare mais calma agora. Acaricio o seu rosto enquanto a vejo fechar os olhos outra vez. Ela respira fundo e volta a dormir.

***

—Como ela está? — Ana me pergunta depois de ir até a cama e beijar calidamente a Alice, porém, dou de ombros.

— Dormindo desde ontem — falo com um suspiro. — O médico disse que é normal, mas ela teve um pesadelo, Ana — sussurro de maneira sôfrega. Ana assente calmamente.

— Eu sei que sente saudades, mas tenha um pouco de paciência. — Ela pede. Um gemido baixo chama a nossa atenção. Olho em direção da cama e vejo Alice tentando se levantar. Então vou imediatamente para perto dela, com o meu coração disparado no peito.

— Oi! — sibilo meigo e cauteloso. — É melhor ficar deitada, querida — aconselho cuidadoso.

— Adriana, ela está bem? — Inquire ofegante. Sorrio.

—Sim. Ela já veio te ver, mas você estava dormindo. — Ela me dá um meio sorriso, mas o pequeno sorriso logo desaparece, dando lugar as lágrimas desesperadas e novamente a puxo para os meus braços. Tiro Alice da cama e a ponho no meu colo.

Deus, eu queria poder apagar todos os momentos ruins da sua mente. Queria poder arrancar os medos que lhe assolam.

— Eu pensei que nunca mais ia te ver — confessa com a voz embargada. Contudo, a aperto ainda mais e beijo os seus cabelos.

12. Ardente PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora