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Lucca

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Lucca

— Não, Lucca! Ficou louco, a cabana está em chamas e nós não temos o equipamento pra isso. — Rafa diz segurando firme o meu braço.

tento me soltar. Preciso salvá-la!

— Olhe para mim, cara. Você não sabe se Alice está ali dentro. — Insiste. Com desespero na alma e os olhos em lágrimas eu o encaro determinado.

— Ela está lá. Eu sinto que ela está lá, Rafa. Me solta, caralho! — Rosno me soltando do seu agarre e corro em direção da entrada.

As chamas parecem zombar de mim. A cada vez que eu avanço em direção da entrada da casa, elas parecem ainda maiores e mais aterrorizantes. Mais uma vez os rapazes me seguram e me arrastam para longe dali.

— Você não vai entrar ali, porra! Não vou assistir o meu amigo se matar! — Gil diz irritado.

Pense, Lucca! Pense logo em algo, porra!

— Outra entrada! — Digo evasivo. — Procurem outra entrada! — Peço exasperado.

Os homens se espalham rapidamente. A cabana é bem pequena, então a ação precisa ser muito rápida.

— Aqui Lucca! — Rafa grita da lateral da pequena casa.

— É pequena, mas acho que dá para passar. — Gil diz em um tom sério.

Me agacho perto da pequena janela e tento ver o máximo possível lá dentro. É um porão. Constato e tem algumas caixas lá dentro e, mais nada.

—Eu vou entrar! — aviso, afastando os cacos de vidros que estão espalhados pelo chão de terra.

Passo primeiro as pernas e faço com que o meu corpo escorregue para dentro do cômodo. O lugar é amplo, mais do que aparenta a cabana pelo lado de fora, porém está quase vazio. Um som de tosse me faz olhar para trás de mim. Sou tomado por um estado de êxtase. Uma felicidade sem tamanho.

Eu sabia, porra! Eu sabia, caralho!

— Alice? Oh meu Deus, é ela! — sibilo ávido, levando as mãos ao rosto e logo estou indo ao seu encontro. Entretanto, o lugar está tomado por uma fumaça escura. Mas me pego sorrindo quando vejo que ela está usando um pano molhado no rosto.

— Alice, amor, olhe para mim. — Peço. Mas ela não reage. — Estou aqui, Foguetinho! Estou aqui e vim te buscar, meu amor! — Digo entre lágrimas.

Seguro a minha garota em meus braços e grito pelos homens lá fora, que se aproximam rapidamente da janela. Ergo o corpo quase inerte da Alice e Rafael a puxa para o lado de fora.

— Agora é a sua vez, Lucca! — Ele grita do outro lado. Mas a minha atenção está em cima das caixas de tamanho mediano no canto da parede. O teto está sendo tomado pelas chamas rápido demais... Logo, logo tudo irá desabar. Eu preciso ser ágil. Não acredito que essas caixas estejam aqui por acaso.

12. Ardente PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora