Lucca Fassini é um homem maduro e determinado que sabe o que quer. Além de ser um dos herdeiros das milionárias indústrias Fassini Ltda. Contudo, ele largou todo luxo e conforto da casa dos seus pais para viver o sonho de se tornar um bombeiro, pois...
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Alice
Olho para o espelho e bufo audivelmente. Vick e Jenny aguardam ansiosas o meu veredicto. O coque em meu cabelo está uma perfeição. Não tenho o que reclamar da maquiagem, mas o vestido... Droga!
— Não acham que estou muito menininha não? — Pergunto finalmente. As meninas rolam os olhos impaciente. Não as recrimino, esse é o terceiro vestido que eu rejeito. Contudo, me viro de frente para elas e as encaro sentadas no colchão.
— Não sei. Eu sou tão pequena perto dele.— Reclamo desanimada. — E ainda tem a diferença de idade. O vestido não precisa me deixar infantil perto dele— retruco Jenny se levanta e vem para mais perto de mim.
— Alice, relaxa. Você está uma pilha e nem é o dia do seu casamento ainda. É só uma formalização do seu pedido.
— E não é por isso que eu tenho que chegar lá com a cara de 15 anos, por favor! — Rosno irritada. Vick respira fundo e volta para o closet. Ela traz um vestido verde musgo, que amarra na altura do pescoço.
— Esse é o último, Alice. Pelo amor de Deus, passamos um dia inteiro andando dentro desse shopping! Você escolheu os vestidos e agora nenhum deles servem? Esse vai ter que servir, porque já estamos em cima da hora. — Ela retruca irritada. Então olho para os dois vestidos largados sobre a cama, depois para o vestido em sua mão.
Respiro profundamente.
Duas batidas leves na porta chamam a nossa atenção e Isa passa por ela com um sorriso tranquilizador em seu rosto. Ela faz um aceno sutil para as meninas e logo elas deixam o quarto. Eu me sento na cama praticamente me jogando no colchão, me sentindo desanimada.
— Nenhum deles serve para essa noite, mãe. — Lamento.
— Hum, deixe-me ver. — Ela segura as minhas mãos e me põe de pé. Ela olha atentamente para o vestido branco que tem um comprimento que vai até o meio das coxas, colado no corpo até a cintura e com uma saia rodada, Na altura do colo tem um decote quadrado e as alças são largas.
— Esse está perfeito, filha! — Diz com empolgação na voz. Volto para o espelho e me olho de alto a baixo.
— Pareço tenho quinze. — Resmungo.
— Para mim parece um mulherão e o Lucca vai babá em você. — Comenta se aproximando outra vez. Olho o seu reflexo no espelho. — Você acha? — Ela dá de ombros.
— Bom, a minha filha de quinze anos jamais usaria uma saia rodada tão curta como essa — retruca, me fazendo sorri. No entanto, me viro pra ela e beijo o seu rosto seguido de um abraço.
— Obrigada, mãe! — Ela volta a dar de ombros.
— Não há de quê. Sabia que estaria nervosa e consumindo o juízo da sua irmã e da sua cunhada. Foi assim para escolher o seu vestido de debutante. —Diz. Sorrio ao lembrar que quase deixo dona Isa de cabelos em pé, quando faltava apenas três dias para o baile e eu ainda me via perdida na escolha do vestido.
