Lucca Fassini é um homem maduro e determinado que sabe o que quer. Além de ser um dos herdeiros das milionárias indústrias Fassini Ltda. Contudo, ele largou todo luxo e conforto da casa dos seus pais para viver o sonho de se tornar um bombeiro, pois...
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Alice
—Senhorita Backer, tem uma pessoa...
A balconista do hotel luxuoso fala ao telefone, lançando-me um olhar avaliador. Contudo, ela para de falar instantaneamente. Provavelmente a Mila a interrompeu.
Uau, dali Camila Backer! A mulher me encara sem jeito e me lança um sorriso profissional.
— Pode subir, Senhorita Ávila.
— Obrigada, Cinthia! — ralho, lendo o nome no seu crachá. No entanto, ajeito a minha bolsa no meu ombro e vou para um dos elevadores. Não vejo a hora de ver minha amiga. Penso ansiosa. Não que ela não tenha ido me visitar em minha casa o tempo em que fui forçada a ficar na cama por uma semana inteira.
Daniel Ávila e Lucca Fassini juntos, é o inferno. E penso que estou ferrado com esses dois unidos em favor do meu bem-estar. Sério, eles são implacáveis quando estão unidos por uma causa. Eu mal pude pôr os meus pés no chão. Estava sendo crucialmente mimada e amada por eles, quase que sufocada pelo amor desses homens intensos. Que fique bem claro que isso não é uma reclamação. A verdade, é que eu amei cada paparico e atenção que eles me deram, até que eu me cansei e determinei que estava na hora de voltar a ser adulta.
— Alice Ávila! — Mila diz assim que abre a porta para mim e por uma fração de segundos me esqueço do meu profissionalismo para abraçar fortemente a minha melhor amiga.
— Como você está?
— Feliz. E você?
— Determinada.
— Estou vendo. Está até arriscando a própria vida por essa causa. Tem certeza de que vale a pena?
— Vai me deixar entrar? — Ignoro a sua pergunta com humor.
— É claro que sim. Entre!
Mila me guia para dentro de um hall extremamente elegante e depois para dentro de uma ampla sala de visitas, tão elegante e luxuoso quando o prédio e elevador. Não pensei que Léo tivesse um poder aquisitivo tão grande. Nesse caso devo dizer que a minha amiga tirou a sorte grande: sorte no amor e na vida. Que maravilha!
— Senta-se, A. — Camila pede, após servir duas bebidas e ela se acomoda em um sofá de três lugares. Sento-me no sofá de frente para ela e recebo o copo que ela me estende. Contudo, não bebo um gole da bebida. A final, ainda são nove da manhã. Entretanto, entendo que ela precise de uma dose para fazer o que precisa ser feito.
— Se você quiser posso pedir alguns croissants deliciosos e um café com leite. O que a Lídia faz é perfeito.
— Não, obrigada! Eu tomei um café da manhã reforçado.
— Ok, você está certa — Mila solta uma respiração alta, bebe um pouco da sua bebida e se ajeita em cima do estofado. — Com certeza não seria aconselhável comer o que quer que seja. Porque o que eu tenho para contar com certeza vai me embrulhar o estômago.
