Prólogo - I

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Prólogo

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Prólogo

Primeira parte.

Lucca

O calor insuportável percorre as minhas veias. As chamas chegam até três metros de altura e uma fumaça negra, e densa nos cerca impedindo a nossa visão para chegarmos do outro lado.

— Temos que sair daqui! — Joe grita atrás de mim.

— Só mais um pouco, Joe! — insisto, adentrando ainda mais o prédio em chamas.

— Porra, Lucca, você vai acabar nos matando, cara! — Ele rosna exasperado, porém, ele também não desiste e continua aqui comigo.

— Ali! — grito, apontando uma direção. — Peguem a mangueira! Eu sei que ouvi alguma coisa — ordeno.

— Que grande merda! — Meu amigo retruca.

Entretanto, Joe segura firme a mangueira e dou um sinal pelo rádio. Imediatamente os jatos fortes de águas começam a jorrar sufocando o fogo faminto, que insiste em devorar o telhado e a porta por onde preciso passar.

— Vou contar até três, Joe. Quando eu disser três, pare o jato d'água e eu pulo sobre as chamas. Vou procurar lá dentro.

— Ficou maluco, porra?! Não posso deixar você ir sozinho, é uma regra, Lucca. —Joe berra puto comigo.

— Você só precisa ficar aqui porque vou precisar voltar. Assim que eu entrar continue jogando água.

— E se você se enganou? E se não tiver ninguém lá dentro? — Ele interpele.

Merda, não tenho tanto tempo para isso. Penso. Eu preciso ser rápido.

E com esse pensamento, ignoro a pergunta do meu companheiro e começo a contagem.

— Um... dois...

— Puta que pariu, Lucca!

— Três!

Como pedi, Joe retira o jato d'água do meu caminho e observo que tenho apenas alguns segundos para dar um salto, e adentrar o cômodo antes que as chamas voltem a se erguer pelas paredes flamejantes. Dou um forte impulso e salto o mais distante que posso, e logo me vejo dentro de um quarto feminino. Tem muita fumaça aqui. Constato. Contudo, consigo ver tudo nitidamente. Portanto, olho para todos os lados, mas não vejo ninguém aqui.

— Eu sei que ouvi um pedido de socorro — murmuro, abrindo os armários e verifico lá dentro. Olho debaixo da cama e por fim vou até a única porta do cômodo que está fechada. Me deparo com um banheiro grande e sorrio ao ver a jovem adolescente dentro de uma banheira cheia d'água. — Oi! — falo para a menina que parece apavorada.

— Você veio me ajudar? — Ela pergunta com a voz trêmula.

— Sim. Mas quero que fique bem aqui. Eu vou buscar um cobertor para te proteger, ok? — Ela concorda e quando saio do banheiro, percebo que a porta por onde entrei está tomada pelas chamas e o fogo já começa a alcançar o teto também. Imediatamente vou até o armário, pego um lençol grosso e grande, volto o mais rápido possível para dentro do banheiro. Encharco o tecido com a água da banheira e envolvo a menina em seguida.

12. Ardente PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora