12. Ardente Paixão

NOVE

Tive a minha filha em meus braços por uma única noite.
Pedi a Anne que a deixasse comigo para poder me despedir do meu botão de rosa.
É claro que ela teve ficar em meu  apartamento também, a final eu não tinha o alimento que ela precisava.
Dormir... Eu não dormi, passei a noite inteira velando o seu Soninha, apreciando cada ruído infantil e por duas vezes tive que levá-la ao quarto de hóspedes para Anne alimentá-la.
Ainda era de madrugada quando pensei em Marisa.
Droga eu fui um ogro com ela.
Eu devia tê-la chamado para uma conversa rápida, tê-la deixado tranquila antes de sair para trabalhar.
O fato é que fui pego de surpresa.
Dois meses tentando algum contato com a Anne e nada, eu não podia imaginar que ela viria assim, de uma hora pra outra e sem avisar.
Me vi sem ação.
Sem emoção.
Não consegui pensar em nada.
E agora aquela sensação de perda me assola de novo.

Meus olhos correm para a janela no meu apartamento... O céu já apresenta um cinza claro, há algumas nuvens grossas que começam a se espalhar...
Olho as horas no relógio sobre o criado mudo, são quatro da manhã. Ela sairá da delegacia em duas horas.
Saio da cama devagar e sigo para o banheiro. Tomo um banho rápido e ponho a primeira roupa que vejo na minha frente.
Pego a minha filha e me dirijo para o quarto de hóspedes, bato levemente antes de entrar e Anne abre os olhos sonolentos.

_ Ela já quer mamá de novo?
_ Não._ Digo e respiro fundo._ Preciso ir resolver a minha vida Anne.
Ela me lança um olhar especulativo.
_ Vai atrás da garota de ontem?_ Assinto.
_ Estou apaixonado por ela e só jeito que ela saiu daqui ontem...
Ela me lança um meio sorriso.
_ A verdade é que você nunca foi meu...  Quando o Téo corre atrás de uma mulher? Vivi ora ver isso acontecer._ Diz com um leve tom de brincadeira. _ Vai lá Téo. Vai atrás da mulher que você ama.

As palavras da Anne me enche de coragem.
Eu seguro a sua mão e deixo um belo jardim cálido na palma e depois beijo o rostinho da minha filha.

Saio do quarto como um raio e sem olhar para trás.
Entro no elevador com o coração saindo pela boca, contando os segundos e os minutos para vê-la.
Olho para o meu carro na garagem e decido que vou de táxi, o nervosismo não me permite dirigir.

Quando me aproximo da delegacia são seis e meia da manhã.
Apressado jogo uma nota de cem para o motorista e não espero o troço. Ando a passos largos para dentro da delegacia.

_ Bom dia senhor Téo! O que faz aqui a essa hora?
_ Marisa. Preciso muito falar com ela.
A moça do balcão fica séria de repente.
_ Ela acabou de sair. Deve estar entrando no carro ago....
Nem espero ela terminar de dizer a frase. Saio correndo como um louco em direção do pátio na lateral da delegacia.

De fato Marisa está quase saindo com o carro.
_ Marisa?_ A chamo e acelero os meus passos.
Paro na lateral do seu carro e encaro os olhos vermelhos da linda mulher atrás do volante.
Meu coração se aorta com violência dentro do peito.
Sem dizer uma só palavra, eu abro a porta e a livro do cinto de segurança, a puxando para fora do carro.
Sedento, esmagou o corpo com o o meu na lataria e carro e tomo a sua boca na minha com tamanha fome e desejo.
Suas mãos agarram os meus cabelos.
Sua respiração ofega repentinamente.
Seguro firme a sua cintura e sem parar o beijo digo as palavras que estavam presas dentro de mim a noite toda.

_ Quero  você Marisa... Quero tudo com você...
O beijá se intensifica ainda mais e logo somos só gemidos ensandecidos.
Ofegante paro o beijo e observo os lábios maltratados e inchados por conta do beijo intenso demais.
Seus lábios começam a tremer.
As lágrimas enchem seus olhos.

_ Eu pensei... Pensei que...
Beijo calidamente a sua boca uma, duas, trás, quatro vezes.
_ Você me pegou de jeito delegada. Eu amo você!_ Digo baixinho.
Minha garota abre um largo sorriso em meio às lágrimas que molham o seu rosto.
_ Há contorversas senhor Mendonça. Acho que foi você quem me pegou direitinho... Amo você Téo!_ As palavras soam embargadas e logo voltamos a mais um beijo com amassos no pátio da delegacia.

_ Vamos sair daqui._ Digo me afastando um pouquinho, pois as coisas lá embaixo não estão nada boas.
Ela se acomoda no banco do motorista e eu contorno o carro indo para o banco do passageiro.
Quando termino de pôr o cinto de segurança noto Marisa olhar fixam para um carinha que está entrando na delegacia.

_ Quem é?
Ela dá de ombros.
_ O delegado substituto.
_ Ah...
Ela liga o carro e seguimos para o seu apartamento.

A caneta fina e negra chega a pesar na minha mão enquanto escrevo o meu nome completo no documento.
Uma assinatura satisfatória e a outra me enche de tristeza .
As poucas horas que tive com Celena na foram suficientes para memorizar cada traço do seu rostinho fofo.
O tabelião passa os papéis para Anne e elas assina logo em seguida.
Não demora e nós vamos para o aeroporto.

Anne passou mais  três dias em meu apartamento enquanto organizávamos os documentos de registro e declaração para autorização da viagem da minha filha.
É  claro que a minha morena estava a par de tudo e até ajudou a minha ex esposa a arrumar algumas coisas.
Quando o vôo é anunciado aproveito para me despedir da minha bebê e então elas se vão.

Da enorme parede de vidro fico olhando o avião partir lentamente, até alcansar o céu azul e sumir por entre as nuvens.
Solto um suspiro.
Na sequência sinto seus braços me envolverem por trás.
Ganho um beijo casto na nuca e sorrio.
_ Tudo bem aí seu segurança?
Me viro abruptamente e a puxo para os meus braços, fazendo-a soltar um gritinho abafado, seguido de uma gargalhada.
Seguro firme os cabelos negros e ambos ficamos sérios imediatamente.
Tomo a sua boca na minha ali mesmo, diante de todos em um beijo impetuoso, atrevido...
Minha língua na sua boca.
Sua língua explorando a minha.
A danada segura a minha bunda por cima do jeans e ligo estamos rindo mediante o beijo safado e gostoso.
_ Na sua casa ou na minha?...

👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼 Ai Xonei nesses dois 💕💕💕💕.
Vamos para o próximo capítulo ? Até lá bebês.