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Alice

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Alice

— Não acredito que me atrasei! — resmungo irritada enquanto ando apressada pelos campos da universidade. — Vinte malditos minutos de atraso! — retruco. — Droga de fuso horário! — ralho, adentrando o prédio da enorme universidade, lotada de alunos e apresso ainda mais os meus passos pelo longo corredor. Todos parecem perdidos e confusos, a procurar da sala certa. E eu não tenho a mínima ideia de onde ir ou qual direção seguir. 'Portanto, paro no meio do corredor observo o pequeno papel em minha mão, com um mapa da sala que eu deveria estar a... — Droga vinte e cinco minutos atrasada?

Bufo audivelmente.

Isso não é bom para um primeiro dia de aula, Alice Ávila. Lamento mentalmente quando algum desorientado esbarra forte em minhas costas, no exato momento que ergo os meus olhos para ler a plaquinha em uma das portas.

— Oh, me desculpe! — A voz masculina diz com receio.

— Ãh, não tem problema. Estou procurando a sala Beethoven — digo erguendo o papel para o belo estranho. — Será que pode me ajudar com isso? — Ele resposta ele sorrir. E eu devo dizer que é um belo sorriso.

Um par de meus negros e brilhantes me encaram, praticamente me despindo e pretenciosa, lanço lhe um olhar desdenhoso. Loiro, alto... muito alto e forte... muito forte. Mas o fato de estar segurando uma pasta preta de couro em uma das mãos e debaixo do braço tem alguns livros e papéis me diz que ele não é apenas um aluno. Seu sorriso continua lá, mas ele não me responde.

— E então?

— Ah... é... eu estou indo para lá agora. Você é novata? — O estranho me aponta o caminho.

— Sim. — Ele olha para o relógio no seu pulso.

— Está atrasada, novata — ralha com humor, me fazendo sorrir.

— Eu sei. Ainda não me acostumei com o fuso horário. — Ele assente e aponta a porta da sala para mim. Olho de relance a entrada e sinto um imenso alívio ao ver que o professor ainda não chegou.

— Obrigada... — Deixo a frase no ar, esperando que ele me diga o seu nome.

— Jean Pierre. — Arqueio as sobrancelhas.

— Hum, francês?

— Descendente na verdade. E você?

— Brasileira. Alice Ávila, prazer! — falo, lhe estendendo a minha mão.

— O prazer é todo meu, Senhorita Ávila, mas acho melhor entrarmos. Um atraso de meia hora é bem significante para os londrinos — retruca ampliando o seu sorriso que eu retribuo e aperta a minha mão.

— Para nós brasileiros também. Pelo menos para muitos deles.

E após fazer um gesto galanteador para mim, eu adentro da sala de aula.

12. Ardente PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora