Lucca Fassini é um homem maduro e determinado que sabe o que quer. Além de ser um dos herdeiros das milionárias indústrias Fassini Ltda. Contudo, ele largou todo luxo e conforto da casa dos seus pais para viver o sonho de se tornar um bombeiro, pois...
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Lucca
Não tem outra saída. Terei que entrar na sala que acabei de abrir. Felizmente o fogo ainda não chegou até aqui, mas não falta muito para isso acontecer. Preciso ser rápido e encontrar outra saída desse inferno. À medida que adentro, a visão fica cada vez mais difícil. Contudo, encontro uma janela e resolvo quebrá-la. De onde estou, consigo ver alguns bombeiros lutando contra o fogo, enquanto lançam fortes jatos de água e os médicos, mas eles não conseguem me ver.
Atento, procuro por uma escada do lado de fora. Que estupidez! Quem constrói um prédio sem a porra de uma saída de emergência? Volto o meu olhar para a porta por onde entrei e constato que o fogo também já chegou ali.
Agora é uma questão de segundos. Eu tenho que sair daqui. Procuro manter a calma enquanto procuro por algo me ajude a avisá-los da minha posição.
— Olá, tem alguém aí? — falo pelo rádio, mas ele não está funcionando. Provavelmente i calor danificou as suas peças. — Merda! — xingo exasperado. Entretanto, tropeço em algo e me agacho, puxando para perto da janela.
— Porra, é uma das vítimas! — rosno baixinho. — Alguém, por favor responda! — Tento o rádio outra vez e nada.
— Olá! Por favor, nos ajude! — Alguém grita e começa a tossir.
— Olá, sou do corpo de bombeiros! — grito de volta e vou na direção do som, parando em outra porta fechada.
Uso a machadinha outra vez e quebro a porta. Meu coração dispara quando vejo os funcionários desaparecidos. Sorrio, mas agora preciso pesar em como irei tirá-los daqui. O local é bem apertado, porém, tem uma janela pequena um pouco elevada e através dela consigo ver o telhado baixo do prédio ao lado.
— Se afastem, eu vou quebrar o vidro! — ordeno e eles se afastam da maneira que podem. — Depois, vamos tentar passar um por um para o telhado do vizinho, ok? — aviso e eles acenam um sim para mim.
No entanto, levo o meu antebraço para proteger o meu rosto e uso o cabo do machado para quebrar o vidro. Eles se apavoram e querem ir todos de uma só vez.
— Por favor, mantenham a calma! — peço. — Fiquem calmos, eu vou tirar todos daqui. Primeiro as mulheres, ok? Em seguida os homens, tudo bem?
— Nós vamos morrer! — Alguém grita e percebo as chamas perto demais.
— Puxem aquele móvel para bloquear a porta! — ordeno e eles imediatamente fazem. —Ótimo! Agora tentem manter a calma. Eu prometo que vamos sair daqui.
Devo dizer que estou muito orgulhoso dessa pequena e despreparada equipe, que com empenho e calma me ajudou a tirar um por um pela apertada janela. Na décima pessoa a fumaça já começa a passar por entre as brechas porta danificada.
— Vai! Vai! — falo para o próximo. — É a sua vez! — digo para a última vítima. Ela sobe na janela no exato momento que o fogo invade o cômodo apertado. Ponho a máscara de volta e respiro fundo, enquanto espero ele chegar do lado de fora. O fogo se alastra pelas paredes e telhado e finalmente ele consegue passar. Agora tenho poucos segundos, antes que o fogo me alcance. Portanto, subo a janela e pulo imediatamente para o outro telhado e não demora para eu ouvir um estralo e o prédio vai ao chão.