Capítulo Cinquenta e Seis

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Lucca

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Lucca

Espero a ardência, o desfalecimento e passo a mão pelo meu corpo procurando alguma perfuração e nada.
Ofegante, abro os meus olhos e encontro os olhos do Dilan.
Ele está sério, me encarando e parece... Assustado.
Um filete de sangue surge na camisa azul claro e este aumenta consideravelmente.
Dilan cai de joelhos e sem forças diante de mim e então vejo o meu pai com a arma em punho atrás dele.
Puta que pariu!!!
Não sei se caio em seus braços em agradecimento ou se brado por ele ter atirado em alguém.
_ Pai..?_ É a única coisa que consigo dizer no momento.
Ele simplesmente se aproxima do homem com sangue nos olhos e o segura com violência pelos cabelos, o fazendo encará-lo rispidamente.

_ Tá pra nascer o filho da puta que vai tocar em um dos meus filhos caralho!! _ Ele rosna para o Dilan.
O cara puxa a respiração com dificuldade, ele não consegue respirar por conta dos ferimentos no peito.
Téo surge na sala, ele olha para o meu pai agarrado ao Dilan e depois para mim.
Vejo o nítido espanto em seus olhos.
_ Chama uma ambulância!_ Esbravejo e ele parece despertar.
_ A noiva chegou Lucca._ Ele diz em um tom baixo, porém exasperado.
_ Puta que pariu!!!_ Volto a bradar levando as mãos aos cabelos, que estão atados ao gel._ O que eu faço?_ Pergunto agoniado.
Começo a andar de lado para o outro da sacristia.
_ Vai para o altar filho. Deixa que a gente resolve isso.
Eu estreito os olhos e encaro o meu pai, que parece passivo demais com a situação.
_ Meu Deus pai!! Temos que chamar uma ambulância... Nós temos que ajudá-lo._ Insisto.
Fico pálido quando a delegada Marisa, a amiga do Téo entra na sala.
_ O que está acontecendo aqui?_ Ela pergunta.
Dilan perde as forças e cai.
_ Droga!!!_ Rosno.
Por dentro estou em frangalhos.

Com as mãos trêmulas, pego o meu celular para ligar para a emergência.
Téo verifica o homem caído, enquanto o telefone chama.
O meu pai e a delegada encaram o Téo que faz um gesto negativo em seguida.
Desligo o celular.
Puta merda!!!
E agora?
Meu pai vai preso enquanto eu me caso caralho?
Respiro profundamente e olho para os três na sala.

_ E agora?
Téo dá de ombros.
_ Agora se acalme e vá para o seu lugar no altar.
Eu o encaro completamente perdido.
_ Como assim? E toda essa merda? O que vai acontecer com o meu pai?_ Inquiro com desespero na voz.
Meu olhar escorrega para a mulher baixinha e franzina, que é a autoridade literalmente aqui.
Escuto um suspiro audível do Téo.
_ Foi em legítima defesa. Eu vi tudo.
Arregalo os olhos diante da clara mentira.

Ok....
Vamos aos fatos....
Dilan me apontou uma arma... Ele realmente ía me matar, se... O meu pai, não o tivesse feito. Até aí tudo certo.
Mas daí o Téo ser a testemunha..?
Ok, vai ter que servir.
Porque eu como filho jamais poderia testemunhar ao seu favor.
Eu me aproximo do meu pai e o abraço.
Sinto o seu aperto e o aperto também.
_ Obrigado pai!_ Sussurro segurando as minhas lágrimas.
_ Por nada filho. Vai lá, sua menina está te esperando._ Ele diz com a voz grave em um tom baixo.
Quando me afasto olho em seus olhos e vou até o Téo, o puxo para um abraço firme.
_ Valeu cara!
_ Vai lá cara. Seja feliz, acho que já adiaram demais essa felicidade._ Ele diz me fazendo sorri.
Sigo para a porta de saída e olho para trás, para o Dilan caído ao chão. Respiro fundo três vezes e ponho o pé para fora do lugar.

12. Ardente PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora