Lucca Fassini é um homem maduro e determinado que sabe o que quer. Além de ser um dos herdeiros das milionárias indústrias Fassini Ltda. Contudo, ele largou todo luxo e conforto da casa dos seus pais para viver o sonho de se tornar um bombeiro, pois...
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Alice
— Como ele está? — A voz de Ana soa preocupada do outro lado da linha telefônica. De dentro do seu escritório, o olho adormecido em um sofá da sala, constatando que tudo está tranquilo agora.
— Ele está bem. Está dormindo agora.
— Céus, o Joe era um dos seus melhores amigos. — Ela lamenta.
— Eu sei — digo com um suspiro baixo.
— Mamãe queria ir vê-lo, mas acho melhor deixá-lo descansar um pouco.
— Sim. Ele precisa de forças nesse momento. — Concordo, sentando-me na cadeira por trás da mesa retangular, onde deixei alguns documentos espalhados pelo tampo envernizado. — Eu ligo quando ele acordar. Ter vocês por perto fará bem para ele.
— Obrigada, Alice!
— Não por isso.
— Adoro você, cunhadinha!
Me pego sorrindo.
— Também te adoro!
E quando a ligação é encerrada, fito os papéis mergulhando fundo em cada linha digitada, esquecendo-me de tudo ao meu redor. Dentro da pasta também guardo a cópia do CD das entrevistas que fiz no evento. E se Lucca conseguir provar que o incêndio no apartamento fora criminoso, terei tudo de que preciso para ferrar com a vida desse desgraçado. E independente do Henrico aprovar ou não esse pequeno arsenal de provas, não irei desistir. Farei tudo sozinha e por conta própria.
— Alice? — Levo um tremendo susto quando sinto seus abraços fortes me envolverem por trás. Contudo, largo tudo em cima da mesa e me levanto para abraçá-lo.
— Como você está? — Procuro saber, afastando-me para avaliar o seu rosto.
— Obrigado por vir! — sibila baixo. Dou um meio sorriso.
— Não tem o que agradecer, querido. Sabe que eu viria, mesmo se nada disso tivesse acontecido, não é? — Ele me abraça em silêncio. — Lucca eu te amo! E o fato de ter mentido para mim não apaga os meus sentimentos por você.
Lucca respira profundamente.
— Eu não menti para você.
— Ah não?
— Eu só não sabia como te contar. Eu... tive medo de como reagiria, de que fizesse uma loucura...
— Eu tinha o direito de saber. — O corto.
— Você tinha. Eu pisei na bola de novo.
— Você pisou, mas eu sou boazinha demais. E te amo demais para ficar brigada por tanto tempo com você.
— Que bom! Porque eu já estava pirando longe de você — declara, aproximando-se para um beijo rápido na minha boca. O ato, Lucca encosta a sua testa na minha.
