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Alice

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Alice

Na manhã seguinte...

Tento me mexer, mas estou presa a cama e um calor insuportável me faz abrir os olhos. Então percebo que ele está colado em mim. Seus braços e pernas pesadas me mantém cativa. E o barulho das ondas me faz lembrar de onde estamos. Olho para a janela e dou de cara com um dia ensolarado lá fora.

Puxo a respiração bem devagar.

Lembranças da nossa conversa acalorada preenchem a minha mente. Gritos, choros, palavras não ditas, sentimentos frustrados. Beijos insanos, mãos ávidas, bocas famintas e um orgasmo que literalmente me apagou.

... Eu odeio você, Alice Ávila! Eu a odeio e a amo na mesma proporção!

... Odeio saber que você tem esse poder de me levar do céu ao inferno ao mesmo tempo!

Droga, o que foi que eu fiz?

Lucca é um homem muito intenso quando se trata dos seus sentimentos. Ele não consegue controlar a sua raiva e nem o seu amor. Ele não sabe esconder as suas frustrações e parece um trator desgovernado, atropelando tudo e todos.

Eu mereci cada palavra dita no calor do momento. Eu mereci.

Tento me mexer e tirar os seus braços de cima de mim, mas ele me aperta ainda mais e me puxa mais para si. Logo o seu nariz começa a roçar na minha nuca e eu fecho os olhos, sentindo um arrepio gostoso descer pela minha coluna.

— Para onde pensa que vai, Ávila? — Sua voz rouca preenche o quarto e me faz sentir coisas perturbadoras.

— Eu preciso de um banho — falo. Contudo, Lucca me faz virar de frente para ele e os nossos olhos se encontram.

Céus, ele está uma bagunça sexy! Penso.

Ele se inclina e me beija lentamente. Depois volta a me olhar nos olhos.

— Acabou, Alice. — Ele diz me fazendo engolir em seco.

Não. Por favor não faz isso comigo!

—O que... você disse? — Chego a gaguejar a indagação.

— O meu noivado. — O alívio percorre todo o meu corpo e eu relaxo. — A Samantha e eu. Naquele mesmo dia nós brigamos e eu acabei tudo. — Não tenho palavras para dizer. No entanto, levo uma mão para o seu rosto e ergo a minha cabeça para beijá-lo calidamente. Entretanto, como se ele estivesse com cede de mim, o intensifica. Suas mãos fortes e ávidas imediatamente começam a percorrer o meu corpo. E sem fôlego eu paro o beijo, o afastando abruptamente.

— Droga, que horas são? — exaspero. Ele me olha atônito.

— Pouco mais das sete, por quê?

— Eu tenho que ir trabalhar. — Tento sair da cama, porém, Lucca não deixa.

12. Ardente PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora