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Alice

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Alice

— O que? — indago confusa.

— Destrava a porra do carro, Alice!

Sem alternativa, pego as chaves na minha bolsa e aperto o controle e...

— Mas, que perda! — um rosnado esganiçado sai da minha garganta quando o automóvel explode bem diante dos meus olhos. Completamente amedrontada encaro as chamas altas e prendo a respiração.

— Definitivamente você não sabe se cuidar sozinha, garota. — Ele ralha impetuoso e volta a ligar o motor, saindo do estacionamento em seguida.

Enquanto o veículo corre pelo asfalto a minha cabeça pipoca em pensamentos. O acidente, o incêndio no apartamento e agora o meu carro. Uma série louca de acontecimentos que me faz arrepiar inteira.

— Quem me garante que você não colocou aquela bomba no meu carro? — sibilo baixo, ainda olhando para o lado de fora.

— Você não pode estar falando sério. — Téo retruca, trincando o maxilar.

— Quem me garante? — insisto o encarando.

— Alice, pense comigo. Qual o sentido de pôr uma bomba no teu carro e de tirá-la de lá?

Dou de ombros.

— Eu não sei. Eu só quero entender as coisas — retruco confusa.

— É bem simples, Alice. Você ameaçou, enfrentou e atacou publicamente um homem forte e poderoso. Ele não vai ficar sentado de braços cruzados, esperando que uma fedelha como você destrua tudo que ele construiu durante anos.

— Você está certo. Droga!

— Olha só. Estou no seu pé desde que o seu pai me contratou. Sem que você perceba tenho sido a sua sombra.

— Então viu quem entrou no apartamento da Camila? — inquiro ansiosa.

— Infelizmente não. A pessoa deve ter entrado pela entrada de serviço, ou a de emergência. Eu fiquei o tempo todo na frente do prédio. Ninguém passou por lá.

— O tempo todo? Quer dizer, a noite toda? — questiono surpresa. — Ok. E você não descansa não?

— Claro que descanso. Quando você finalmente resolve ir dormir — rebate petulante.

Imbecil! Xingo mentalmente.

— Para onde estamos indo?

— Para o seu apartamento. Ordem do seu pai.

Bufo.

— Então ele sabe aonde eu fui.

— Ele sabe de cada passo que deu.

Droga! Mil vezes droga!

— Olha só, Alice. Vamos fazer um acordo, ok? Você me deixa fazer o meu trabalho, que é cuidar de você. E eu te deixo fazer o seu. Que é ferrar com a vida daquele candidatozinho de merda. Se for preciso, eu até te ajudo, fechado?

12. Ardente PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora