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Lucca

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Lucca

— Oi, Lucca! — Ela diz timidamente. Então me ponho de pé, em uma postura rigorosamente profissional, respondendo o seu cumprimento de uma forma fria e evasiva.

— Para você é capitão Lucca. — Ela engole em seco e assente.

— Certo. Capitão Lucca. Eu gostaria de falar sobre ontem. — Assinto automaticamente, apontando uma cadeira para ela se sentar. Me acomodo na minha cadeira cruzando os braços e a encarando firme.

— Pode falar, Samantha. Estou louco para ouvir a sua explicação — rosno. Ela puxa a respiração de modo audível.

— Eu juro que verifiquei a vítima...

— A Alice. — A corto. Ela assente.

— Lucca, eu verifiquei. Ela não...

— Uma porra que verificou! — vocifero. Samantha fica pálida. No entanto, me levanto da cadeira sem tirar os meus olhos de cima dela. — Sabe que se a tivesse deixado lá dentro teria cometido um assassinato, não é? — A acuso. — Por que, Samantha? Por que quis matar a Alice? — exijo com um tom alterado. Alguns dos soldados olham para a minha sala, curiosos com a minha reação. — Por ciúmes? Raiva por que eu te deixei por ela?

— Eu não pretendia! — Ela range entre dentes. — Lucca, eu ia voltar lá...

— Não você não ia! Porra, Samantha, você é um bombeiro e estava ali para salvar vidas. E se deixou levar pelo lado pessoal! — grito. Ela se levanta exasperada e me encara com lágrimas nos olhos.

— Você tem razão. Eu não ia voltar lá. Eu queria deixá-la para morrer lá dentro. Queria que ela sumisse da sua vida. Por Deus, Lucca, foi um momento de loucura! — Ela começa a chorar. — Eu juro que não vai acontecer...

— Não vai mesmo — Ela me encara sem entender. — Está fora da minha equipe, Samantha.

— Por favor, Lucca. Eu prometo... — Faço não com a cabeça.

— Se dê por satisfeita por eu não te levar a corte marcial e acabar de vez com a sua carreira— sibilo rígido. Ela volta a engolir em seco. — Fique longe de mim. E fique longe da Alice também. Se eu sonhar que chegou perto dela outra vez, não vou medir esforços para destruí-la.

Respiro fundo.

— A partir de hoje seu horário será mudado. Não quero ver a sua cara na minha frente quando entrar aqui. Avisarei ao sargento sobre as minhas decisões e se ele contestar, direi os meus motivos.

Ela suspira alto.

— Está dispensada, soldado! — rosno friamente. Vencida, Samantha faz a continência e sai da minha sala.

Algumas horas depois, ainda sinto a adrenalina da nossa conversa quente em minhas veias. Portanto, saio da sala direto para a sala do meu chefe, segurando o documento que vai oficializar o desligamento de Samantha da minha equipe.

12. Ardente PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora