Lucca Fassini é um homem maduro e determinado que sabe o que quer. Além de ser um dos herdeiros das milionárias indústrias Fassini Ltda. Contudo, ele largou todo luxo e conforto da casa dos seus pais para viver o sonho de se tornar um bombeiro, pois...
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Alice
Lucca me deita na cama e me dá um beijo casto saindo do quarto em seguida. Continuo com os meus olhos fechados até escutar finalmente a porta sendo fechada. Sim... Estou fingindo que estou dormindo porque preciso resolver algo e só assim para me livrar do Daniel Ávila e do Lucca Fassini. Esses dois resolveram grudar no meu pé depois do incidente no apartamento da Camila. Respiro fundo. Melhor dizendo... Incidente não, tentativa de assassinato isso sim. E com certeza Renan Backer tem muito e mais um pouco a ver com isso. Abro uma brecha de olho e me certifico de que estou sozinha no meu quarto. Com muita cautela saio da cama e vou até o closet, pego um par de tênis, a minha bolsa e vou para a porta do quarto. Abro apenas um pouquinho, o suficiente para olhar o corredor e constatar que ele está vazio.
Sorrio amplamente, saindo do quarto e enfim seguindo pelo pequeno corredor branco alcançando a sala de visitas. Ouço as vozes dos homens conversando em um tom baixo na minicozinha acoplada. Feito uma lagartixa saio de esgueira meio que colada na parede e alcanço a porta de saída. Respiro aliviada quando estou do lado de fora, no corredor do meu prédio. Ando a passos largos em direção aos elevadores. Preciso fazer uma visitinha a uma certa pessoa.
Minutos depois, o táxi para em frente ao prédio do comitê do candidato à presidência da república Renan Backer. Eu pago o motorista e ando pisando firme para dentro do prédio sofisticado. Há uma boa quantidade de pessoas aqui trabalhando com afinco na campanha.
— Boa tarde senhorita! Posso ajudá-la? — Uma senhora simpática pergunta. Abro um sorriso amarelo e me apresento.
— Olá senhora! Eu sou Alice Ávila e procuro o Senhor Renan Backer. Ele se encontra? — Ela sorri amplamente.
— Alice Ávila? A filha do Daniel Ávila? — Forço um sorriso simpático.
— Sim.
— Você deve estar aqui para uma doação, certo? — A olho sem entender. — Para a campanha.
— Ah, claro. Sim, estou aqui por causa da doação. Mas eu gostaria de falar com ele primeiro.
— Clara que sim. Você quer saber sobre as propostas do senhor Backer.
— Isso — digo com falsa empolgação.
— Vou levá-la até a sua sala. Venha comigo.
A senhora começa a andar em direção a uma sala ampla com imensas janelas de vidro transparente, de onde vejo Renan concentrado em um telefonema.
— Vera, pode vir aqui, por favor? É urgente. — Um homem ruivo diz saindo de uma porta e a Vera me olha constrangida.
— Se importa de ir sozinha? Eu preciso...
— Não. Tudo bem! — Ela volta a sorrir. Vera vai ao encontro do Senhor e eu sigo direto para o meu alvo. Me aproximo da porta e abro sem aviso prévio chamando a atenção do homem pra mim. Ele se levanta da cadeira e larga o telefone encerrando a ligação. Contudo, mantenho a porta aberta atrás de mim e me aproximo da sua mesa. Renan parece me fulminar com os olhos.