Lucca Fassini é um homem maduro e determinado que sabe o que quer. Além de ser um dos herdeiros das milionárias indústrias Fassini Ltda. Contudo, ele largou todo luxo e conforto da casa dos seus pais para viver o sonho de se tornar um bombeiro, pois...
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Lucca
O meu sangue está fervendo e o coração agitado no peito. A inquietude acelerada dentro de mim. Eu preciso fazer algo, ou eu vou explodir a qualquer momento. Portanto, decido encerrar o banho e quando volto para o quarto, encontro Alice me esperando e para a minha surpresa, ela me fita com preocupação.
— Você está bem, Lucca? — repete a pergunta de minutos atrás.
— Estou — respondo sem entrar em detalhes sobre a minha conversa com Edgar.
— O que aconteceu naquele escritório?
Merda, ela quer realmente falar sobre isso?!
—Eu não quero falar sobre isso, Alice — digo livre que qualquer emoção. Entretanto, entro no closet, pego uma calça e camisa de moletom, ponho os tênis e me preparo para uma corrida noturna.
— Aonde você vai, Lucca? — Alice pergunta vindo atrás de mim. E sinto que a minha paciência está por um fio.
Respiro fundo, tentando não jogar toda essa merda em cima dela. Alice não merece que eu descarregue as minhas frustrações e raiva em cima dela.
— Alice, eu só... preciso correr um pouco. De verdade, não dá para falar agora, ok? — Sem saber o que dizer, ela assente e eu saio batendo, a porta em seguida.
***
No dia seguinte estou no meio da rapaziada, curtindo a empolgação deles, enquanto faço um lanche rápido. Na noite passada corri por longas horas até os meus pulmões protestarem. As palavras de Edgar Fassini não paravam de gritar dentro da minha cabeça. Contudo, extravasei todo o meu estresse e quando retornei para casa, Alice já estava dormindo. O que agradeci a Deus, pois não estava disposto a conversar ainda. Essa manhã acordei mais cedo do que o normal. Tomei apenas um gole de café e saí antes que ela acordasse.
—Lucca, na minha sala, agora! — A voz autoritária e um tanto irritadiça do sargento me desperta, deixando-me aturdido. No entanto, largo o sanduíche dentro de uma bandeja, em cima da bancada e vou para o seu escritório, sobre os olhares especulativos dos meus companheiros de trabalho.
— Há alguma coisa errada? — Procuro saber logo que adentro a sua sala.
— Sente-se Lucca! — Ele ordena.
— O que está acontecendo? — inquiro ainda de pé.
— Me diga, Lucca. Como foi o treinamento com Jessica ontem? — Dou de ombros, me acomodando na cadeira em seguida.
— Tranquilo. Nós treinamos por umas três horas, eu acho. Fizemos o teste de resistência como estava no cronograma do treinamento.
— Aconteceu alguma coisa depois do teste? — Semicerro os olhos.
— Não. O treinamento terminou, eu a dispensei e fiquei no quartel.
