Alice
Fico parada no meio do quarto olhando a porta por onde o Lucca acabou de passar. Ele parece chateado. Eu entendo que ele cuida e sempre cuidou de mim, mas poxa! Eu amo o meu trabalho! E não faz muito tempo que assumi o cargo mais importante e com mais responsabilidades. Já passei uma semana inteira afastada do jornal – desnecessariamente, diga-se de passagem. E agora Lucca quer mais quinze dias?
Puxo a respiração de modo audível e o cheiro da comida exposta na bandeja embrulha o meu estômago. Então, levo a mão a boca e corro para o banheiro me jogando de joelhos perto do vaso sanitário e de repente meu corpo fica todo gelado... A pele fica molhada de suor e o meu corpo parece perder as forças.
A parte pior vem logo em seguida. O vômito. Meu corpo se convulsiona tentando expelir o que eu não tenho no estômago. E aos poucos a ânsia vai passando e eu consigo respirar melhor.
Mas, o que foi isso? A pergunta brota rapidamente em minha mente.
Quando me sinto melhor, me levanto do chão e tiro o que restou da camisola de seda. Abro o chuveiro e deixo a água fria acalmar o meu corpo. Decido tomar um banho demorado e só quando termino e me olho no espelho a minha ficha cai.
— Deus não! — Sussurro quando lembro que estou atrasada e que nesses últimos dias não usamos a camisinha. Essa é a segunda vez que enjoo desde que voltei para casa do Lucca.
Levo a mão a boca e mordo a unha do meu indicador.
Puta merda!
Será?
Saio do banheiro e vou apressada para o closet. Pego uma das camisas do Lucca e depois de escovar os meus cabelos úmidos, saio do quarto a sua procura. Penso em contar o que se passa comigo. Sobre o que se passa em minha cabeça, mas estanco no meio da escadaria. Melhor não. Eu não tenho certeza.
Olho para a cozinha, mas o cômodo está vazio. Então escuto o som da tv ligada e sigo direto para a sala. Eu o olho por alguns instantes. Lucca está sentado no sofá e assistindo o jornal. Não presto muita atenção no que passa na tela que 40 polegadas. Os meus olhos estão focados no homem que talvez será o pai do meu filho. Solto uma lufada de ar e vou ao seu encontro. Me inclino sobre o encosto do sofá e deixo as minhas mãos deslizarem pelo peito desnudo. Ele virá o rosto para mim e eu o beijo de leve.
—Desculpe ter estragado tudo! — Digo e ele me beija mais uma vez.
— Tudo bem. Eu que fui um estupido com você. Devia ter perguntado antes. — O olho por alguns segundos.
— Não, eu que fui. Você foi um fofo cuidando de mim e em troca, eu fui uma megera com você. — insisto e ele sorrir.
— Sim, você foi. — Ele diz em tom de brincadeira. Finjo indignação e o repreendo.
— Ei, você não devia concordar comigo. — Reclamo e ele me puxa para o seu colo.
— Não devia?
VOCÊ ESTÁ LENDO
12. Ardente Paixão
RomanceLucca Fassini é um homem maduro e determinado que sabe o que quer. Além de ser um dos herdeiros das milionárias indústrias Fassini Ltda. Contudo, ele largou todo luxo e conforto da casa dos seus pais para viver o sonho de se tornar um bombeiro, pois...