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Lucca

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Lucca

No hospital, os procedimentos de praxe me irritam. Como assim não posso acompanhá-la? Está para nascer o caralho do médico que vai me impedir de vê-los cuidando do que é meu.

— Senhor? O senhor lá dentro só iria atrapalhar os médicos... — Devo ter lançado um olhar assassino para a enfermeira que se cala imediatamente.

— Eu vou entrar na porra da sala e nada, e nem ninguém vai me impedir! — rujo tão rude que não me reconheço. A mulher de estatura baixa engole em seco e se afasta. Eu bufo indo para dentro da sala.

Alice já está sem o colete protetor no seu pescoço. Os médicos abrem uma brecha em seus olhos e os verifica com uma lanterninha. O sangue é recolhido em um pequeno recipiente para um exame. Eles aferem a sua pressão e se olham cumplices.

— Ela está bem! — Escuto o médico dizer. — Quero que ponham um soro para hidratar e a mantenham no oxigênio para limpar os pulmões. Depois a levem para o quarto.

Escuto as palavras do médico e não consigo frear o sorriso e as lágrimas que vêm desordenadas.

Conseguimos, amor! Eu te salvei e você está aqui! E está bem!

Ainda quieto observo as enfermeiras cuidar da minha garota. Um banho rápido e simples sobre a maca. Uma bata de hospital e logo Alice está indo para um quarto de hospital.

***

Algumas horas depois...

— Como ela está? — Isabelly pergunta adentrando o quarto de hospital de modo exasperado. Ela vai até a filha e se inclina para dar um beijo carinhoso na testa e nas bochechas. Logo em seguida toda a família Ávila está aqui. Daniel me puxa para um abraço inesperado.

— Obrigado, Lucca! — A voz do homem imponente soa embargada. O abraço masculino se aperta ainda mais. — Obrigado por encontrá-la!

— Não precisa agradecer...

Começo a dizer, mas sou interrompido por outros abraços inesperados e agradecidos. Quando as congratulações acabam, eu finalmente posso lhes dar a notícia.

— Ela está bem, segundo os médicos, mas não acorda e isso me deixa da preocupado. — Alguém bate à porta e logo vejo a minha irmã Ana entrar com Lilian Lacerda ao seu lado. Eu não entendo por que ela está aqui.

— Boa tarde! — Ana diz com um sorriso lindo e Lilian faz o mesmo em seguida.

— Lilian andou conversando com o médico que atendeu Alice. Como eu sei que eles são evasivos com as respostas, pensei que Lilian pudesse esclarecer algumas coisas para vocês. — Minha irmã explica.

Eu queria saber como ela consegue pensar em tudo?

Como consegue cuidar tão bem de todo mundo?

Isabelly e Vick logo vão ao encontro das meninas e os abraços recomeçam.

— Como você está? — Ana inquire carinhosamente acariciando o meu rosto.

— Estou bem melhor agora que a encontrei — confesso com satisfação. Ela sorri.

— Imaginei que sim.

— Bom, eu conversei com o doutor Aristides e ele me explicou que Alice está bem. — Lilian começa a falar depois de um tempo, quando nos acomodamos em um cantinho do quarto.

— Então, por que ela não acorda? — Expresso a minha preocupação. Ela dá de ombros.

— Alice está muito desidratada, Lucca. Provavelmente ela não comeu ou bebeu nada nesses três dias. E possivelmente não dormiu também. — Ela explica. Eu só consigo fitá-la deitada naquela cama e a imagino passando pelo sufoco nas mãos daquele filho da puta.

Solto um suspiro audível.

— Tem certeza de que não deu nada nos exames? — Isa pergunta ainda incrédula.

— Sim. Eu mesma olhei os resultados. Está tudo bem com ela. Só a deixem descansar. E quando ela acordar poderão matar as saudades. — Diz, fazendo todos no quarto relaxar.

Uma hora depois, e todos ainda estão aqui. Os sobrinhos da Alice fazem a alegria do lugar, porque os adultos mal conseguem falar entre si. Logo a porta volta a abrir e uma enfermeira entra para trocar o soro. Do lado de fora vejo Adriana. Ela faz um sinal sutil e eu vou ao seu encontro.

— Eu volto logo! — aviso para o Cristopher que está segurando Nicole nos braços. Ele assente e eu saio do quarto. Do lado de fora recebo o abraço da amiga de Alice. Ela parece nervosa ainda.

— Como ela está? — Inquire assim que se afasta. Na voz é possível sentir um pouco de hesitação. Dou um meio sorriso.

— Ela está bem! — De repente Adriana começa a fazer um não lento e as lágrimas começam a cair.

— Eu não sabia, Lucca — fala, deixando-me confuso. — Eu não sabia que aquele filho da puta havia tocado fogo na cabana. — Seu tom da sua voz revela a tamanha angústia da mulher.

Ela está se culpando?

— Está tudo bem, Adriana! Não foi sua culpa — digo para tranquilizá-la. Ela respira fundo e caminha até um banco no corredor. Eu a acompanho e me sento ao seu lado.

— Quando eu o vi... Renan estava fingindo. Na hora eu não pensei direito e fui atrás dele. Eu precisava impedi-lo, entende? Se Renan conseguisse sair do país, talvez... talvez nunca mais o pegássemos.

— Ei, eu entendo. Você fez o certo. Estamos livres desse maldito graças a você. E Alice está bem! Está tudo certo! — Ela assente levando a mão ao rosto e secando as lágrimas que banham seu rosto.

— Ele está na UTI. — Diz me deixando surpreso. O desgraçado sobreviveu. Constato irritado.

— Achei que tinha morrido. — Comento. Ela faz não com a cabeça.

— Os médicos o reanimaram, mas não está fora de perigo. — A encaro com curiosidade.

— O que aconteceu lá, Adriana? — Ela solta um suspiro alto.

— Eu dei dois tiros nele. Os médicos disseram que um deles quase acertou o coração e o outro perdurou no pulmão. Ele está vivo por um milagre — fala em tom de raiva.

— Não entendo por que Deus fez isso por ele — rosno irritado. — O filho da puta deveria ter morrido!

— Eu posso ir vê-la? — Inquire ansiosa e mudando de assunto. Sorrio.

— Claro que pode!

Ambos nos levantamos do banco e seguimos para dentro do quarto. As crianças menores estão dormindo em um sofá de três lugares no canto perto da janela de vidro transparente e Lucca sai com as maiores para um lanche. Enquanto Adriana se aproxima da cama eu falo com Daniel no canto do quarto e lhe conto as novidades sobre Renan Backer.

 Enquanto Adriana se aproxima da cama eu falo com Daniel no canto do quarto e lhe conto as novidades sobre Renan Backer

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Renan FDP Backer quase conseguiu em!
Nossa mãe..
Fiquei sem fôlego com essa.
Adorei esses dois enciumados kkkkkkkk

12. Ardente PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora