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 Alice

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 Alice

Momentos antes do acidente...

Uma bela vista, uma sala só minha e uma deliciosa xícara de café com leite para acompanhar. Penso, apreciando o meu escritório e a sua calmaria. Na minha frente, a tela do computador mostra a imagem de Renan Backer. Um candidato exemplar que implantou mais uma causa a sua nobre campanha; crianças que sofrem abusos sexuais.

Filho da puta, escroto do caralho! Xingo mentalmente e respiro fundo, bebericando mais um gole do meu café.

Devo dizer que a atração pela curiosidade sempre foi algo forte em mim desde criança. E foi exatamente isso que me trouxe até aqui.

"Jornalista Alice Ávila, transmissora de informações." Era assim que eu me chamava quando brincava de intervistas com as minhas amigas. E agora essa coisa tornou-se bem real.

Só não esperava que a minha primeira função como jornalista seria explodir uma bomba sabendo que essa BOMBA no colo das pessoas que amo. Suspiro, segurando meu celular e procuro o número da Camila na minha agenda. Fito o seu nome por alguns instantes e aperto em chamar.

— Oi, A! — Minha amiga diz como sempre animada do outro lado da linha e forço um sorriso, mesmo sabendo que ela não pode vê-lo.

— Oi! — sibilo pensando em como posso falar com ela sobre esse assunto. — Você está muito ocupada?

— Na verdade, estou no escritório, mas pode falar. — Respiro fundo outra vez.

— Será que podemos tomar um café? Eu realmente preciso falar com você e não pode ser por telefone. — Ela fica em silêncio por um curto espaço de tempo.

— Está tudo bem? — Mila inquire, Ela parece preocupada.

— Está. — Hesito. — Eu só queria falar com você sobre... o seu pai. — Outro silêncio e eu pressiono os lábios.

— Onde você quer se encontrar?

— Pode ser no book Café? Aqui no shopping?

— Me dê dez minutos. — Forço outro sorriso.

— Está bem. — Encerro a ligação e fecho a tela do computador, organizando alguns papéis dentro de uma gaveta em seguida. Pego a minha bolsa e quando me levanto, Guto aprece na porta.

— Está de saída, Ávila? — Ele indaga com humor.

— Pois é, vou encontrar uma pessoa. — Ele assente.

— Henrico pediu para te entregar. — Ele adentra a minha sala, estendendo-me um envelope pardo, que eu olho com curiosidade.

— O que é? — inquiro, o abrindo e tiro de dentro dele um convite para um evento de caridade que acontecerá essa noite. — Oh! — sibilo aturdida.

12. Ardente PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora