Lucca Fassini é um homem maduro e determinado que sabe o que quer. Além de ser um dos herdeiros das milionárias indústrias Fassini Ltda. Contudo, ele largou todo luxo e conforto da casa dos seus pais para viver o sonho de se tornar um bombeiro, pois...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
_ Posso... Vê-la?_ Peço um tanto constrangido. Anne assente e me entrega a criança adormecida. Sinto uma emoção diferente. Deus... Ela é tão pequena... É tão linda! Me sento no sofá ajeitando Celena em meu colo, passo a mãos com carinho no vestido rosa com babados brancos. Observo as bochechas grandes e rosadas. A boquinha vermelha sendo precionada pelas bochechas. Na cabeça não há um fio de cabelo, apenas um enorme laço da mesma cor do vestido indicam que é uma linda menina. Uma lágrima começa a escorrer por me rosto. Minha filha... Quanto tempo sonhei com esse momento? Muitas... Muitas vezes...
_ Ela é linda!_ Sussurro sem tirar os meus olhos da bebê. _ Sim... Ela é linda!_ Anne diz e eu a olho finalmente. _ Ela dá muito trabalho?_ Pergunto feito um bobo. Anne me sorri. _ Não. Dorme o tempo todo. As vezes preciso acordá-la para amamentar. Abro um sorriso largo e volto a olhar para a minha filha. Mexo em sua mão e ela aperta forte o meu dedo me fazendo rir. Em um momento de sentimento profundo me inclino e beijo a cabecinha com cheirinho gostoso se bebê.
_ Nós precisamos conversar Téo._ Anne diz quebrando o meu momento singular. Eu puxo a respiração. _ Claro. Possui levá-la pra nossa... Pra cama para podermos conversar melhor._ Digo. Anne parece constrangida. _ Pode ser.
Eu me levanto do sofá e me encaminho para o meu quarto, Anne vem logo atrás de mim e sinto o meu rosto queimar quando vejo a bagunça que eu e Marisa fixamos lá. Porra!! _ É melhor por ela no sofá mesmo._ Ela diz se aproximando e tirando minha filha dos meus braços e voltando pra sala. Sigo atrás dela e antes de fechar a porta, sou mais uma olhada no quarto. Os lençóis estão baguncados pela cama, no chão há uma calcinha preta e alguns preservativos largados de todo jeito. Eu fecho a porta e puxo a respiração e volto para a sala. Encontro Anne arrumando Celena com cuidado no sofá de dois lugares. Quando ela termina, se acomoda no sofá maior e me olha. Eu esfrego as duas mãos no tecido do shorts e encabulado me forço a dizer alguma coisa.
_ Quer... Beber alguma coisa? Anne faz não com a cabeça. _ Senta aqui Téo._ Ela pede dando tapinhas ao seu lado no estofado. Eu vou ao seu encontro e como me pediu, me sento ao seu lado.
Anne é uma mulher linda e depois da gravidez posso dizer que ela ficou ainda mais bonita. Seus cabelos castanhos e ondulados batem na altura dos ombros em um corte reto. Os olhos igualmente castanhos, parecem cansados e me encaram receosos. Ela respira profundamente, como se procurasse coragem para me falar. Eu estou nervoso pra caralho.
Nunca uma conversa me deixou tão nervoso como está que estou prestes a ter com a minha esposa. Minha esposa... Puta que pariu!!! Esses dias todos tive uma aventura com Marisa maravilhosa. Aquela baixinha me fez sentir coisas que... Meu Deus!
... E se eu quiser mais..?
Foi a última coisa que ela me falou. E o pior é que eu não tive chance de lhe responder. _ Téo?_ A voz da Anne me trás de volta ao presente. _ Oi. _ Você ouviu tudo o que eu disse? Suspiro de modo audível. _ Não. Me desculpe!_ Digo em um tom baixo. Ela balança a cabeça me reprovando. _ Você não muda mesmo. Provavelmente estava pensando no seu trabalho._ Resmunga. _ Eu já pedi desculpas anne._ Insisto começando a ficar irritado. _ Que seja. Eu disse que estou indo embora. Como assim? Achei que estivesse voltando pra casa. Penso totalmente confuso. _ Surgiu uma oportunidade pra mim nos Estados Unidos. Uma tia minha mora lá e ela conseguiu um bom emprego e moradia pra mim e pra Celena. Enrugo a testa encarando a minha esposa. Logo os meus olhos vão para minha filha adormecida no sofá. _ Você... Você está me dizendo que... _ Você me deve isto Téo. Preciso mudar a minha vida. Preciso seguir em frente. Me levanto do sofá e vou até a janela e olho para o lado de fora por alguns segundos.
_ Você veio me avisar? Só isso? _ Também. Mas preciso que organize algumas coisas pra mim poder ir. Eu me viro para olhá-la. _ Tipo o que? Anne pega a sua bolsa e tira alguns papéis de lá. _ Assine a nossa separação. Também preciso que registre a Celena e me dê permissão para levá-la comigo._ As palavras saem firmes e secas da sua boca. Eu engulo em seco. Encaro os papéis em sua mão por um curto espaço de tempo. Chegou o momento. Agora é definitivo. Eu e Anne não somos mais um casal. E de verdade, isso é um alívio pra mim. Descobrir por esses dias que Marisa é tudo o que eu preciso me deixou inseguro, mas agora, mediante essa conversa, tudo parece bem mais claro agora.
Me aproximo da Anne e pego os papéis da sua mão, sigo para o meu escritório e pego uma caneta na gaveta da mesa e assino em cada folha sem pestanejar. Quando volto a sala Anne está amamentando a minha filha. O coração falha uma batida quando vejo os olhinhos escuros abertos. Nunca mais iria vê-la. Penso desolado. Engulo o meu orgulho e devolvo os papéis para a minha... Ex esposa.
_ Obrigada por assinar Téo! Se não tiver problema, gostaria que fosse ao cartório amanhã. Para... Registrar a nossa filha. Dou de ombros. _ Sem problemas. Ela me sorri. _ Ok. Mais uma vez eu agradeço e... Boa sorte pra você! _ Digo o mesmo Anne.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.