Lucca Fassini é um homem maduro e determinado que sabe o que quer. Além de ser um dos herdeiros das milionárias indústrias Fassini Ltda. Contudo, ele largou todo luxo e conforto da casa dos seus pais para viver o sonho de se tornar um bombeiro, pois...
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Alice
Mas é quando o beijo para que a minha ficha realmente cai.
Definitivamente há algo acontecendo e eu preciso saber o que é. Não estou gostando de estar de volta a casa dos meus pais. Tão pouco de tê-lo distante de mim assim... Quer dizer, eu sei que o seu trabalho também toma muito do seu tempo. Mas até nas folgas?
— Lucca? — O chamo baixinho, acariciando a sua nuca.
— Hum?
— A gente precisa conversar.
— Eu sei. — Diz baixinho. — Me afasto e o olho bem nos olhos.
— Preciso de um banho rápido e quando voltar, quero que me diga o que está acontecendo, ok? — Pergunto carinhosamente.
Ele apenas assente para mim. Parece cansado. Esgotado, na verdade. O olho por um tempo e pego a bolsa do chão, indo direto para o banheiro. Ligo o chuveiro e antes de entrar na água na morna, ponho uma toca protegendo os meus cabelos. O banho é rápido e quando termino, me seco e vou até a bolsa que está sobre uma cadeira. Quando me curvo para a abrir a bolsa, sinto um leve incômodo no meu quadril. Eu olho no espelho e vejo a marca levemente arroxeada.
— Droga! — Resmungo baixinho. Solto uma lufada de ar e volto para a bolsa e começo a vasculhar a procura de um shortinho de seda que pedi que trouxesse e uma blusa folgada, é quando sinto algo correr rápido demais pelo meu braço. Meu coração dispara enlouquecido e eu grito ao ver um bicho grande e preto se arrastando no meu braço.
A porta do banheiro se abre abruptamente e um Lucca totalmente alvoroçado adentra o cômodo aos gritos.
— O que foi?! — Lucca me lança um olhar assustado.
— Uma aranha. Uma aranha enorme, Lucca! — rosno com desespero, correndo para os seus braços.
— Como assim uma aranha, Alice? — Eu mesmo arrumei essa bolsa e... — Ele para de falar bruscamente.
— O que? O que foi? — Pergunto, procurando os seus olhos.
Vejo pânico neles. Muito medo em seus olhos. Lucca parece pálido.
— Se vista, nós precisamos conversar agora. — Ele diz em um tom seco. — Vá para o quarto, eu vou procurar esse bicho.
— Eu não vou tocar nessa bolsa! — retruco exasperada. Ainda consigo sentir o meu corpo todo trêmulo por conta do susto. Ele vai até a bolsa e tira tudo de dentro, se certificando de que não há mais nada lá e depois por tudo de volta.
— Aí meu Deus! Olha ela ali! — Quase grito, apontando na direção do vidro do box e saio correndo para o quarto. Lucca sai minutos depois do banheiro trazendo o animal dentro de um vidro onde antes guardava os meus cotonetes.
— Pronto, peguei o bichinho. — Ele diz.
Bichinho é um eufemismo! Resmungo internamente. É uma caranguejeira enorme que ocupou quase todo o vidro que tem um tamanho mediano. Entretanto, encaro o bicho agora comportado e me sento na cama, ainda um pouco trêmula. Lucca larga o vidro sobre o criado mudo e me abraça.