QUATRO

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SEM RESERVAS.

Capítulo 4

Dentro do quarto só se ouve os sons das nossas respirações

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Dentro do quarto só se ouve os sons das nossas respirações.
Eu encaro o teto depois de um sexo pra lá de intenso, porque simplesmente não tenho coragem de encarar a morena nua ao meu lado na cama.
Marisa...
Ela disse que o seu nome é Marisa.
Respiro fundo.
Porra!! Se eu fumasse, agora mesmo eu iria querer um cigarro.

Há um silêncio constrangedor entre nós.
Eu simplesmente não sei o que dizer.
Talvez se eu sair da cama e ir tomar um banho prolongado, ela desista e vá embora.
Talvez...

O silêncio se torna algo tão constante que chego a cogitar a hipótese de que a mulher apagou.
Penso em virar o rosto só para ter certeza, mas o som da sua voz ao meu lado finalmente me diz que não... Ela não dormiu.

_ Eu não sou assim._ Ela diz chamando a minha atenção.
Marisa se vira de lado e segurando o lençol, cobrindo os seios pequenos, me encara séria.
_ Eu sei que é estranho dizer isso, mas eu realmente não sou assim.
Me viro de lado, ficando de frente pra ela.
_ Assim como?
Ela me lança um sorriso sem graça.
_ Encontrar o primeiro carinha no bar e... Sair com ele...
_ Então... Como..?
_ Eu acabei de sair de um relacionamento difícil e... A verdade é que eu queria ficar em casa... A minha amiga Gil, ela praticamente me arrancou de lá. Nós bebemos e conversamos e rimos... E... A danada me fez um desafio.
Ela baixa os olhos amendoados e depois volta a me olhar nos olhos.
E um sorriso acanhado surge no canto da boca pequena e carnuda.
_ Ela me desafiou a sair com você._ Revela, me fazendo arquear as sobrancelhas em surpresa.
_ Desafio é?
Ela assente.
As bochechas começando a ganhar um tom avermelhado e isso é... Delicioso!
_ Ela me deve cinqüenta pratas.
_ É isso que eu valho? Cinqüenta pratas?_ Pergunto e me admiro o tom de brincadeira em minha voz.
Seu sorriso acanhado se amplia.
_ É o que ela pode me pagar no momento.
_ Entendi.

Ficamos nos encarando em silêncio por alguns segundos.
Uma mecha negra dos seus cabelos caem em seu rosto e eu reprimo a vontade de ajeitalá-lo atrás da sua orelha.
Ela ergue a mão e o simples gesto de ajeitar a mecha faz o meu sangue pulsar.

Que droga é essa?
Nunca senti tal coisa com a Anne.
Bufo sentindo raiva de mim mesmo.

_ Então... Era isso que eu queria que você soubesse.
_ Tô sabendo.
Marisa me lança um olhar sugestivo.
Ela balbucia algo, mas desiste de falar.
Volto a me deitar na posição anterior  e a encarar o teto outra vez.
Ela faz o mesmo em seguida soltando um leve suspiro.

_ Você é casado?_ A pergunta soa com um falso desdém.
_ Sou... Quer dizer... Não.
_ Sim ou não?
Puxo a respiração.
_ Eu tenho uma mulher... Anne... Eu pelo menos tinha até alguns dias atrás.
_ O que aconteceu?
Dou de ombros.
_ Ela me deixou.
_ Porque?
Eu viro a cabeça de lado e olho para a morena deitada ao meu lado.
Ela faz o mesmo e os nossos olhos voltam a se conectar.
_ Ela não aceita o meu trabalho. Passava muito tempo fora de casa, sem telefonar... Isso desgastou nossa relação...  Eu acho.
Solto um suspiro alto.
_ Eu também... Humberto, meu ex noivo... Também não entende o meu trabalho. Por muitas vezes ele me pediu para abandoná-lo.

Marisa volta a se virar de lado e agora o seu rosto está bem próximo ao meu.
É possível sentir o seu perfume selvagem daqui.
O seu hálito quente.
Ver os brilho em seus olhos.
_ Eu não posso sabe? Amo a minha profissão. Sonhei em ser delegada desde sempre.

Me viro de frente pra ela e agora os nossos rostos estão ainda mais próximos.
É...   Acho que temos as mesmas experiências.
_ Anne me pediu o mesmo. A nossa última conversa foi nesse quarto. Ela me pediu para acompanhá-la a uma consulta e eu não pude ir.
Rio sem vontade.
_ Celena nasceu e isso já tem quase quinze dias e eu se quer a vi.
_ Nossa..!
_ Pois é...

O toque da sua mão em meus cabelos me faz olhá-la com curiosidade.
Marisa roça a sua boca na minha e eu fecho os meus olhos.
_ Que tal deixarmos os nossos problemas de lado._ Sussurra sugestiva ao pé do meu ouvido.
Não acho que devíamos nos envolver assim...
Sexo com desabafo não é uma mistura boa... Penso.
O corpo quente se molda ao meu.
Os dedos finos na minha nuca me fazem arrepiar inteiro. A boca  sedenta toma a minha sem a menor cerimônia.
Porra!!! Que se dane!!!

Eu a puxo para um beijo estupidamente faminto e na sequência a puxo para o meu colo.
Nossos sons começam a se misturar...

Nossos sons começam a se misturar

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Algumas semanas....

_ Eu a perdi de vista Téo._ Escuto a voz do Rick soar exasperada do outro lado do telefone.
Levanto atordoado da cama xingando  caralho em alto e bom tom.
_ Como porra isso aconteceu Rick?_ Pergunto pegando qualquer roupa na minha frente. Encosto o celular no meu ouvido com o apoio do ombro e o escuto lamentar.
_ A safada me avisou que ía ao  banheiro. Eu juro Téo! Eu fiquei de prontidão na porta. Não pisquei o olho. Ela demorou a sair  aí,  eu pedi pra uma garota procurá-la lá dentro e nada. A filha da mãe não estava lá.

_O que houve?_ Marisa pergunta saindo do quarto.
É isso aí...
Desde a nossa primeira vez entramos em um acordo de amigos com benefícios.
Não é sempre que estamos juntos ou que dividimos uma cama... Mas hoje em especial, ela me ligou precisando de companhia.
E aqui estamos nós.
_Rick perdeu a garota de vista. E tem mais uma coisa...  Eu vou precisar do seu carro._ Aviso.
Seus olhos sonolentos despertam abreviadamente.
_ Como assim?
_ O meu carro está com o meu irmão. Eu realmente preciso ir resolver isso antes que...
Ela levanta o dedo me pedindo pra esperá-la.

Marisa se aproxima de mim usando apenas uma calcinha rendada e um top branco.
Ela leva a mão ao meu rosto e me lança um olhar sugestivo.
_ Você devia deixar tudo isso. É muito estressante sabia?_ Deixa um beijo calmo na minha boca._ Olha só... Eu posso...
Levo dois dedos a sua boca a fazendo calar.
_ Nem termina Marisa. Ou terei que mandá-la ir embora._ Digo em um tom seco.
Ela assente se afastando um pouco, me olha por alguns segundos e me dar as costas.
Droga!!!
Queria poder puxá-la de volta para os meus braços, pedir desculpas... Mas porra!!! Não vou deixar que ela tente fazer o mesmo que a Anne fez.
_ Eu vou com você._ Avisa me despertando dos meus pensamentos e entra no quarto outra vez, sem me dar a chance de protestar.

_ Avisa me despertando dos meus pensamentos e entra no quarto outra vez, sem me dar a chance de protestar

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Amizade com benefícios... Qual a chance de isso seguir a diante ??? 🤔
Pagando pra ver o final da brincadeira desses dois rsrsrs.

12. Ardente PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora