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Alice

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Alice

— Ana! — Rose resmunga com sofreguidão, abraçando a filha.

— Como ele está? — Pergunto para Edgar Fassini, que tem a cara de poucos amigos.

— Ainda não tivemos notícias. Ao que parece, o piso de um prédio incendiado desabou quando fazia um resgate.

— Oh meu Deus! — Sussurro, levando a mão a boca.

— A quanto tempo estão aguardando? — Procuro saber.

— Cerca de quarenta minutos. — Sinto os braços da Rose me envolverem em um abraço surpresa e a aperto em meus braços. Ela parece extremamente preocupada e isso me deixa ainda mais nervosa. Ansiosa por notícias, resolvo pegar o celular e ligar para Cristopher. Talvez ele conheça alguém que possa nos ajudar. Contudo, nem chego a fazer a ligação, pois o médico surge no mesmo instante na sala de espera.

— Bom, a notícia que tenho é que um dos bombeiros bateu muito forte com a cabeça e teve um traumatismo craniano muito grave. Nesse instante ele está em coma induzido.

— Meu filho, Lucca Fassini. Me dê notícias dele? — Edgar irrompe o médico.

— Ele está bem. Teve algumas escoriações leves e uma contusão no braço direito. Mas recomendo alguns dias de descanso. — Sorrio amplamente me sentindo mais calma.

— E podemos ir vê-lo agora, doutor?

— Claro que sim. Passem na recepção e a enfermeira lhes dirá onde fica o quarto. — Saímos da sala imediatamente, deixando o médico dando as notícias dos outros bombeiros, familiares e membros que ficaram aguardando

***

A enfermeira abre a porta do quarto e para a minha surpresa Lucca não está sozinho. Uma garotinha de aproximadamente 13 anos está conversando com ele e pelas suas vestes, ela também é uma paciente aqui do hospital.

— Oi, meu querido! — Rose sibila, se aproximando filho e logo todos estamos ao seu redor. Eu me encosto na parede próximo a janela e aguardo a euforia dos pais e da irmã dele passar. Noto a garotinha recuar um pouco constrangida. São longos minutos de beijos e perguntas atropeladas.

— Onde está a Alice? — Ele pergunta finalmente. Todos param e olham para trás.

— Eu preciso ir, Lucca. — A garotinha fala um tanto encabulada.

— Ai, que lindinha! Quem é você? — Rose diz encantada com a criança. — Desculpe a nossa falta de educação. Eu sou a Rose e esse é o Edgar. — Ela diz. — Nós somos os pais do Lucca. — A menina ainda parece meio sem graça.

— Eu me chamo Sindy. — Sua voz é quase um fio e é impossível não perceber e tristeza no seu olhar.

— É um lindo nome, Sindy! Deixe-me apresentar, essa é Ana. Ela é minha filha e essa do outro lado da cama se chama Alice. Ela é a noiva do Lucca. — Diz apontando para mim. Logo sinto um leve aperto da mão do meu noivo na minha. Os olhos brilhantes olham de mim para o Lucca e a garotinha abre um sorriso tímido.

12. Ardente PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora