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Lucca

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Lucca.

Momentos antes do resgaste...

Uma nuvem cinza de fumaça cobre a minha visão... Daqui de onde estou não consigo ver nada além de fumaça e escuridão. Uma dor lancinante rasga o meu braço. Me forço a levantar, mas sinto o algo pesado sobre o meu corpo. Começo a tossir e me dou conta de que estou sem a máscara de oxigênio.

O que aconteceu?

Onde estou?

Tento não entrar em pânico quando a memória me vem à tona. O piso desabou e caímos entre os escombros ardentes. Faço um pouco mais de força, tento tirar o peso de cima de mim, mas a dor no meu braço não me permite.

— Alguém?! Gil?! — grito, mas não obtenho resposta. — Dani você está bem? — Volto a tossir.

Contudo, mais uma vez não tenho resposta. Eu preciso sair daqui. Preciso ir ajudá-los... Por que eles estão demorando tanto? Faço um pouco mais de força e em seguida sinto um estralo no meu braço e grito de dor, desistindo da luta. Os minutos se arrastam e a fumaça densa começa sumir, mas ainda está em todo o ambiente. Então me senti sufocar. Os meus pulmões protestam por causa do peso do concreto sobre o meu corpo. Mesmo com a visão turva, vejo alguns homens descendo através de cordas.

Graças a Deus!

Nunca estive na posição de uma vítima de incêndio antes... Não assim dessa forma... E de verdade, isso é assustador. Ver toda a cena acontecendo do outro lado e ter que esperar o momento certo do resgate. Saber que você está frágil, sem poder fazer nada pra se ajudar, ou pra ajudar alguém, é algo que eu não quero sentir nunca mais minha vida.

— LUCCA?! GIL?! DANI?! ALGUÉM?! — Eles gritam o tempo todo.

Eu quero falar, gritar. Dizer que estou aqui, mas não tenho ar. Não tenho forças e sinto que aos poucos estou apagando.

— Aqui! Achei o Gil! — Escuto alguém gritar e viro a cabeça para o lado. Dani está na penumbra do lugar. Ele está desacordado e tem muito concreto em cima dele e muito sangue em sua cabeça.

Por Deus não!

O Dani não!

— Dani? — O chamo, mas não tem nenhuma reação da parte dele. Tento mexer o meu braço por debaixo da rocha e acionar o meu alarme. Avisar que estamos aqui, mais uma vez a dor vem e eu grito alto.

— É o Lucca! — Alguém grita.

Penso em Daniel.

Penso que ele precisa ser socorrido o quanto antes.

— Calma filho! Nós vamos tirar você daqui. — O chefe diz.

— Dani...— Consigo dizer.

— Já estamos com ele também. — Ele diz e o alívio toma conta de mim

12. Ardente PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora