Capítulo Cinquenta e Oito

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Lucca

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Lucca.

Chegamos ao Brasil uma semana antes do Natal.
O Rio está simplesmente lindo, com o clima natalino.
Nossas famílias estão nos aguardando no salão do aeroporto e fizeram questão de vendar os nossos olhos antes de entramos no carro.
O tempo todo escutamos os cochichos e risadinhas das nossas mães.
Alice aperta a minha mão.
_ Falta muito pra chegar?_ Resmunga impaciente.
Sorrio e beijo o seu rosto.
_ Falta pouco filha. Tenta relaxar aí atrás._ Isa retruca.
Ela solta uma respiração alta e se acomoda na lateral do meu corpo, colocando a cabeça sobre o meu peito, eu a envolvo em meus braços.
Aos poucos sinto que o carro está perdendo velocidade.
Alice logo se ajeita.
Ansiosa como sempre. Penso.

Quando o carro para finalmente levo a mão a faixa de seda que está em meu rosto e recebo um tapa na mão.
_ Ainda não genrinho._ Isa diz em um tom baixo e levemente ríspido.
_ Mas já chegamos certo?_ Retruco.
_ Sim, chegamos. Vamos aguardar os outros..._ Avisa.
Me pergunto quem são os outros?
Bom...
Os outros deve ser os meus pais e minhas irmãs que estão vindo em outros carros. Penso.

Daniel me ajuda a sair do carro e acredito que a Isa está fazendo o mesmo por Alice.
Somos guiados com muito cuidado sabe Deus pra onde e logo me vejo sentado em algo duro, que imagino ser um banco de madeira.
Alice se acomoda ao meu lado e eu a puxo para mais perto de mim, dando um beijo cálido em seus cabelos.
Ouço o som de carros estacionando e penso que finalmente vou me livrar da venda.
_ Adoro surpresas, mas confesso que esta está me matando._ Minha esposa sussurra próximo ao meu ouvido.
Sorrio.
_ Ok crianças, hora de seguir em frente._ Escuto a voz da minha mãe ao se aproximar de nós.
Eu bufo de modo audível.
_ Ainda não podemos...?_ Tento protestar.
_ Ainda não._ Elas dizem em uníssono.
E mais uma vez somos guiados pela escuridão dos nossos olhos.

Vinte passos... E nós paramos em algum ponto.
As vendas são removidas e a luz forte me faz fechar os olhos algumas vezes.
Aos poucos vou me adaptando a luz e me deparo com uma sala ampla e cheia...
Albuquerques... Alcântaras... Fassinis... Lacerdas... Villages... Estão todos aqui.
Mas não é em qualquer sala...
É uma sala totalmente desconhecida por mim.

Não tenho tempo de avaliar o lugar, porque após as salvas de boas vindas, vieram os intermináveis abraços, os parabéns e por fim uma festa de boas vindas ao casal.

Alice está toda animada.
A conversa na roda de mulheres é dominada pela baixinha espivitada, que deve está falando sobre os trinta dias na Alemanha.
Sorrio quando a vejo rindo animada e alto entre as mulheres.
E como sempre estou apreciando a minha mulher, enquanto estou rodeado de homens que só falam de suas mulheres, dos seus negócios e me fazem perguntas sobre a minha inicial vida de casado.

Entre comes e bebes e brindes que não acabam nunca, as horas vão se avançando e noto que Alice está ficando cansada.
O fuso horário realmente é algo difícil de li dar.
Aos poucos os parentes e alguns amigos vão se despedindo ficando apenas aqueles mais próximos.

12. Ardente PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora