Lucca Fassini é um homem maduro e determinado que sabe o que quer. Além de ser um dos herdeiros das milionárias indústrias Fassini Ltda. Contudo, ele largou todo luxo e conforto da casa dos seus pais para viver o sonho de se tornar um bombeiro, pois...
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Lucca
— O que? — inquiro receoso.
Ela dá de ombros.
— Eu não sei. Alguma coisa que esteja me escondendo, além de um maldito beijo? — meneio a cabeça em um não.
— Depois disso, tirei a Samantha da minha equipe.
— Oh! — Ela arqueia as sobrancelhas.
— Estamos trabalhando em horários diferentes agora. — Ela permanece séria.
— Por causa do beijo? — indaga. Faço menção de sair de debaixo dela, mas Alice não me permite e procura os meus olhos.
— Fala, Lucca! — exige.
— Não. Não foi por causa do beijo. — Um pouco mais de silêncio. Um olhar especulativo.
Estou fodido, já estou vendo.
— Por que então?
— Alice essa é uma conversa que eu...
— Fala logo! O que aquele embute fez para você tirá-la da sua equipe?
Bufo.
— Ela te deixou para morrer no incêndio — digo de vez. Seus olhos se apertam. Suas mãos apertam com força os meus ombros.
— O que quer dizer com, me deixou para morrer? — questiona com um tom baixo e assustador.
— No incêndio. No apartamento de Camila. Cada bombeiro tinha a finalidade de entrar nos cômodos e procurar por vítimas. Eu encontrei a Camila e quando voltei para o segundo andar...
— Filha de uma puta! — A garota rosna alterada. — E você a expulsou da equipe? Só isso? — inquire exasperada.
— O que queria que eu fizesse, Alice? — pergunto igualmente irritado.
— Que a denunciasse! Que ela fosse exonerada do seu cargo. Mas não! O Lucca Fassini é bonzinho demais para fazer isso com a porra da sua amante! — Ela grita e sai de cima de mim.
Puxo a respiração e me sento na cama. Alice começa a procurar alguma roupa dentro do closet. Ela se veste em seguida.
—Aonde você vai? — interrogo quando vejo que ela põe um tênis e pega a sua bolsa.
— Sair daqui! Eu preciso pensar.
— Alice já é de madrugada. Fica! — peço receoso.
— Não dá, Lucca. — Ela rosna entre dentes.
— Para onde você vai? Eu posso te levar... — Ela me olha furiosamente.
— Eu quero ficar sozinha. Não quero olhar para você agora. Não quero conversar com você agora. Porque se eu for falar com você agora, eu vou te ferir, Lucca e você vai me machucar também. Então fique longe de mim! — Ela grita cada palavra e sai batendo a porta com força.
