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Lucca

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Lucca

— Eu menti para você? — ralho sarcástico. — Me diga, Alice, quando exatamente menti para você? — Seus lábios tremulam e seus olhos se enchem de lágrimas.

— Você nunca ia acabar com aquele noivado — acusa-me com mágoa na voz. — Estava me usando o tempo todo. — Assinto e bebo outro pouco da bebida.

— Foi o seu pai quem te disse isso? — Minha voz agora soa áspera.

Alice, Alice, a minha paciência está por um fio. Penso.

— Ele só me abriu os olhos — rebate baixo.

— Porra, Alice, o que eu faço com você, caralho?! — rosno sufocado. Suas lágrimas despontam e molham o seu rosto vermelho. E eu não sei dizer se é por conta do choro, ou se é da raiva do momento.

— Eu vi, Lucca. — Alice sibila, encarando-me com um sentimento frio e negro. — Eu vi vocês se beijando. E vi vocês se despedindo, bem aqui, na frente dessa casa.

Que merda ela está me dizendo?

— Eu vi quando você sorriu para ela. EU VI TUDO, DROGA! — Ela grita. Dou dois passos firmes na sua direção, porém, ela se afasta amedrontada. E a sua atitude me faz rir por dentro.

— Você não viu porra nenhuma! — esbravejo. — O que você viu foi Samantha me dá um leve beijo. Ela me acenou e eu forcei a porra de um sorriso para ela. — Puxo a respiração. — Naquele dia eu estava chegando de um plantão, Alice. Estava cansado e ainda assim tentei falar com ela. Samantha saiu apressada, ela se esquivou...

— Você disse que ela tinha viajado! — Ela grita me interrompendo.

— E ela tinha, porra! — Volto a gritar com ela.

— É mentira! — Ela rosna baixo entre dentes, enfrentando-me. — Eu a encontrei em um clube de piscina horas antes do aniversário do Eduardo. Ela me disse que eu não passava de um brinquedo para você. Disse que ia se casar com você. O que você queria que eu pensasse, Lucca? O que você queria que eu pensasse, merda?! — vocifera em meio às lágrimas.

Descontrolado, jogo o copo contra uma parede e Alice grita de assusto. E com um passo largo a alcanço outra vez e a puxo bruscamente para mim. Seguro firme nos seus cabelos e a forço a encarar os meus olhos.

Estou puto da vida com ela!

Caralho, estou fervendo por ela!

— Eu odeio você, Alice Ávila! — confesso com um rugido baixo, frio e rude. Ela engole o choro e me encara em completo espanto. — Eu a odeio e a amo na mesma proporção! — grunho ríspido. Ela ofega. — Odeio que uma pirralha como você tenha o poder de me destruir dessa forma.

— Eu não sou... —Tenta retrucar.

— Você é, porra! É uma pirralha mimada. Uma menina burra e imatura! — rosno a fazendo se calar. — Se quisesse mesmo ser tratada como uma adulta, teria agido como uma, merda! — vocifero. Ela me empurra para longe dela. — Por que não me procurou, Alice? Por que não me gritou como está fazendo agora? Por que não me esmurrou, porra? Você me julgou e me condenou. Não me deu a chance de defesa — rosno ainda mais irritado com ela.

12. Ardente PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora