Lucca Fassini é um homem maduro e determinado que sabe o que quer. Além de ser um dos herdeiros das milionárias indústrias Fassini Ltda. Contudo, ele largou todo luxo e conforto da casa dos seus pais para viver o sonho de se tornar um bombeiro, pois...
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Servir a pátria, sempre foi um sonho meu. Os meus pais nunca entenderam o meu desejo... É loucura Téo, eles diziam. Eu nunca dei atenção para o que eles pensavam a respeito, até eu ver na minha frente a realidade de uma guerra. Explosões inesperadas... Gritos de horror... Poucas horas de sono enquanto andávamos em trilhas noturnas debaixo de uma chuva forte e fria. Perder alguns amigos era pior parte. O nome Teodoro Mendonça ficou conhecido pelo ato de heroísmo, quando me joguei em cima de um homem bomba, o rendendo antes que ativasse as bombas atadas ao seu corpo. A minha atitude impensada salvou dezenas de homens que estavam sobre o meu comando naquela noite. Um mês depois fui dispensado das minhas atividades, porque passei a ter distribuios emocionais pós traumáticos. Balela!! Resmungo internamente.
Nunca voltei para casa dos meus a pais desde então. Também não tiveram mais notícias minhas ou eu deles. Não me pergunte o porquê... Eu só... Me mantive distante de todos os que me conheciam, menos do meu irmão. Esse sempre soube aonde me encontrar e é claro que o obriguei a não revelar a ninguém.
A alguns anos desembarquei aqui no estado do Rio de janeiro e como nunca tive uma função na vida, além da guerrilha, opiter por trabalhar como segurança. Entrei para uma empresa multinacional e até peguei alguns casos bons... Mas o que me deixava intrigado, era o fato de receber ordens. Caralho!!! A porra do homem sabia tudo sobre administração... Mas quando se tratava de estratégias e comandos ele era uma merda! E o fato de se meter na minha maneira de agir, me fez pedir demissão. Estava na hora de andar com os meus próprios pés.
Certo dia acordei e pulei da cama, abri a tela do computador e criei uma logo marca, elaborei algumas propagandas e joguei tudo na internet. Não deu outra... Lá estava o meu primeiro trabalho solo. E assim veio o segundo... O terceiro... E assim por diante.
Amo o que faço e faço muito bem o meu trabalho, sempre dou o meu melhor. E é por esse motivo que estou prestes a perder a minha família... _ Aonde você estava?_ Anne pergunta enraivecida. Ela está ofegante. Parece cansada. A barriga de quase nove meses, aparentemente está mais baixa. Eu suspiro cansado das suas cobranças. Ela não entende... Esse é o meu trabalho. _ Anne, eu... Me desculpe querida! Eu tentei ir ao médico... _ É sempre a mesma coisa Téo. Eu tentei... Até parece que o nosso filho não tem um pai. _ Não diga isso!_ Digo entre dentes. Ela rir sem vontade. _ O que quer que eu diga? Eu já estou perto dos nove meses Téo e se você me acompanhou a duas consultas foi muito. Eu vivo sozinha dentro desse apartamento, enquanto você está lá fora, cuidando de outras pessoas..._ Ela grita. Eu respiro fundo. Não quero ser agressivo com ela. Ela não merece. E pra piorar, ela está certa. Eu estou sempre distante, estou sempre trabalhando. Mas tudo isso é pra dar o melhor pra eles. _ O que você quer que eu faça Anne?_ Pergunto impaciente. Ela se põe a chorar. Mas que merda! _ Amanhã é a última ultrassom. Eu quero você lá Téo. Se você não for, não precisa mais nos procurar. _ Anne..._ Tento me aproximar, mas ela se esquiva e faz um gesto com a mão para que eu não chegue perto. Porra!! Porra!! Porra!! _ Se amanhã você não aparecer naquele hospital, eu volto para casa dos meus pais e juro Teodoro, não quero te ver mais._ Diz e volta para o nosso quarto, fechando a porta em seguida. Eu vou até a madeira e me encosto nela, escuto o seu choro e não sei o que fazer.