SEM RESERVAS
Capítulo 1.
Servir a pátria, sempre foi um sonho meu.
Os meus pais nunca entenderam o meu desejo...
É loucura Téo, eles diziam.
Eu nunca dei atenção para o que eles pensavam a respeito, até eu ver na minha frente a realidade de uma guerra.
Explosões inesperadas...
Gritos de horror...
Poucas horas de sono enquanto andávamos em trilhas noturnas debaixo de uma chuva forte e fria.
Perder alguns amigos era pior parte.
O nome Teodoro Mendonça ficou conhecido pelo ato de heroísmo, quando me joguei em cima de um homem bomba, o rendendo antes que ativasse as bombas atadas ao seu corpo. A minha atitude impensada salvou dezenas de homens que estavam sobre o meu comando naquela noite.
Um mês depois fui dispensado das minhas atividades, porque passei a ter distribuios emocionais pós traumáticos.
Balela!! Resmungo internamente.Nunca voltei para casa dos meus a pais desde então.
Também não tiveram mais notícias minhas ou eu deles.
Não me pergunte o porquê... Eu só... Me mantive distante de todos os que me conheciam, menos do meu irmão.
Esse sempre soube aonde me encontrar e é claro que o obriguei a não revelar a ninguém.A alguns anos desembarquei aqui no estado do Rio de janeiro e como nunca tive uma função na vida, além da guerrilha, opiter por trabalhar como segurança.
Entrei para uma empresa multinacional e até peguei alguns casos bons...
Mas o que me deixava intrigado, era o fato de receber ordens.
Caralho!!!
A porra do homem sabia tudo sobre administração... Mas quando se tratava de estratégias e comandos ele era uma merda! E o fato de se meter na minha maneira de agir, me fez pedir demissão.
Estava na hora de andar com os meus próprios pés.Certo dia acordei e pulei da cama, abri a tela do computador e criei uma logo marca, elaborei algumas propagandas e joguei tudo na internet.
Não deu outra... Lá estava o meu primeiro trabalho solo.
E assim veio o segundo... O terceiro... E assim por diante.Amo o que faço e faço muito bem o meu trabalho, sempre dou o meu melhor.
E é por esse motivo que estou prestes a perder a minha família...
_ Aonde você estava?_ Anne pergunta enraivecida.
Ela está ofegante.
Parece cansada.
A barriga de quase nove meses, aparentemente está mais baixa.
Eu suspiro cansado das suas cobranças.
Ela não entende... Esse é o meu trabalho.
_ Anne, eu... Me desculpe querida! Eu tentei ir ao médico...
_ É sempre a mesma coisa Téo. Eu tentei... Até parece que o nosso filho não tem um pai.
_ Não diga isso!_ Digo entre dentes.
Ela rir sem vontade.
_ O que quer que eu diga? Eu já estou perto dos nove meses Téo e se você me acompanhou a duas consultas foi muito. Eu vivo sozinha dentro desse apartamento, enquanto você está lá fora, cuidando de outras pessoas..._ Ela grita.
Eu respiro fundo.
Não quero ser agressivo com ela.
Ela não merece.
E pra piorar, ela está certa.
Eu estou sempre distante, estou sempre trabalhando. Mas tudo isso é pra dar o melhor pra eles.
_ O que você quer que eu faça Anne?_ Pergunto impaciente.
Ela se põe a chorar.
Mas que merda!
_ Amanhã é a última ultrassom. Eu quero você lá Téo. Se você não for, não precisa mais nos procurar.
_ Anne..._ Tento me aproximar, mas ela se esquiva e faz um gesto com a mão para que eu não chegue perto.
Porra!!
Porra!!
Porra!!
_ Se amanhã você não aparecer naquele hospital, eu volto para casa dos meus pais e juro Teodoro, não quero te ver mais._ Diz e volta para o nosso quarto, fechando a porta em seguida.
Eu vou até a madeira e me encosto nela, escuto o seu choro e não sei o que fazer.
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12. Ardente Paixão
RomanceLucca Fassini é um homem maduro e determinado que sabe o que quer. Além de ser um dos herdeiros das milionárias indústrias Fassini Ltda. Contudo, ele largou todo luxo e conforto da casa dos seus pais para viver o sonho de se tornar um bombeiro, pois...