Alice
— Alice? — Fecho os meus olhos para apreciar esse seu o som e em resposta as minhas carnes começam a tremer. No entanto, respiro fundo, abrindo os meus olhos em seguida para virar-me de frente para ele.
— Ah oi, Lucca! — Mantenho a minha voz firme e parcial. Contudo, ele para a uma distância segura de mim.
— A quanto tempo?
— Dois anos e meio.
— É. Dois anos e meio — confirme. — E, você, está indo para casa? — Lucca parece cauteloso.
— Estou.
Droga, queria não sentir essa ardência em minhas veias. E as batidas do meu coração que parece querer me ensurdecer?
— Eu também. — Arqueio as sobrancelhas.
— Você... quer dividir um táxi comigo?
Por favor, diga de sim!
Lucca me lança um olhar perdido, parece estar em uma luta consigo mesmo.
— Claro. — Não seguro um sorriso alargo. E nunca desejei tanto que um táxi chegasse como agora.
Entretanto, quando o veículo chega, educadamente ele abre a porta traseira para mim e com o meu coração quase saindo pela boca passo ele, sentindo o perfume masculino que eu conheço muito bem invadir as minhas narinas. Logo me acomodo no banco e ele contorna o carro, sentando-se do meu lado.
O roçar do seu braço no meu me causa um certo frenesi e o seu calor me deixa febril. Ao fechar a porta Lucca se ajeita no estofado e esse movimento faz a sua coxa roçar na minha. Penso em puxar alguma conversa, mas ele fixa os seus olhos no lado de fora. Lucca puxa a respiração algumas vezes. É como se o incomodasse ficar perto demais de mim. De repente, me lembro de nós dois em outra ocasião e nessa mesma situação. O táxi, nosso beijo, a ardência.
Nossa, como eu queria...
— Posso fazer uma coisa? — Resolvo quebrar o maldito silêncio e ele finalmente tira os olhos da janela para me encarar.
— Fazer o que? — Um tom frio passar pelos seus lábios.
— Isso.
Mexo-me em cima do banco e o monto, roçando suavemente a minha boca na sua. Nossas respirações se confundem apenas com esse simples toque. Entretanto, Lucca hesita por um momento. Ele simplesmente não me toca. No entanto, fito os seus olhos e continuo a provocá-lo.
— Me beija, Lucca! — sussurro, rouca e desejosa.
— Não! —rebate ainda frio.
Em descaso ao seu tom arredio, levo uma mão para os seus cabelos e seguro os seus fios com firmeza, inclinando a sua cabeça levemente para trás e atrevida, mordo a pele sensível do seu lábio.
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12. Ardente Paixão
RomanceLucca Fassini é um homem maduro e determinado que sabe o que quer. Além de ser um dos herdeiros das milionárias indústrias Fassini Ltda. Contudo, ele largou todo luxo e conforto da casa dos seus pais para viver o sonho de se tornar um bombeiro, pois...