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Alice

A luz forte não me permite ver mais nada a minha frente. O grito alto e exasperado do Téo vem seguido do impacto forte que me joga ao chão. Bato forte a minha cabeça contra o chão forrado por uma grana densa, o que faz com que a pancada seja amenizada. Eu abro os meus olhos e encaro um Téo enlouquecido de raiva.

— Cuide dela, Lucca. — Diz em um tom alto e sai de cima de mim, correndo para o seu carro feito um louco. Lucca me ajuda a levantar do chão. Minha roupa está molhada devido os jatos de água que molham o gramado todo fim de tarde.

— Você está bem? — Ele pergunta.

Lucca está totalmente em pânico. A voz tomada de uma preocupação. Tento sorri para tranquilizá-lo.

— Estou bem. — Digo.

—Vem, vamos para casa.

Saímos juntos da calçada, a mão forte e quente se apossa da minha cintura cuidadosamente. Como se eu fosse me quebrar a qualquer momento. O fato, é que eu já esperava por esse ataque quando recebi a mensagem mais cedo, só não esperava que ele agisse assim tão rápido. Infelizmente não consegui ver o carro, ou a placa, nem mesmo a cor.

Nada.

Lucca me faz sentar no sofá e hesitante me pede para esperar. O vejo ir a passos largos para a cozinha.

***

Na casa sinto um cheiro maravilhoso de comida e logo percebo que estou varada de fome. Meu celular começa a vibrar dentro da bolsa. Eu o pego e vejo o nome da detetive que Téo me indicou.

—Senhorita Alice? — fala do outro lado.

Aguardo em expectativa.

—O que descobriu? — Pergunto.

—A garota tem outro caso como esse, ela trabalhou em uma fábrica de medicamentos. Ela se envolveu com um rapaz lá dentro, um simples gerente. O cara foi acusado de assédio e para não levar o nome da indústria para os jornais a garota recebeu um cheque gordo.

Olho para o Lucca e não seguro um sorriso vitorioso.

— Ótimo! — ralho em seguida.

— Mandarei para o seu e-mail tudo o que descobri sobre a garota.

Desligo o celular e o olho em expectativa.

— O que foi? — Inquire com curiosidade.

— Primeiro a minha água — sibilo pegando o copo e tomando um gole do líquido gelado. — Estou com cede e trêmula e depois um bom banho. — Me levanto do sofá sobre o olhar atento do Lucca. — Estou suada e suja. E então eu te conto as no...

Paro de falar quando passo pela pequena sala de jantar acoplada a cozinha.

Fico extasiada com o que vejo...

Caramba há uma mesa linda e preparada para dois. Puxo a respiração e me viro de frente para o Lucca.

— Você fez isso?

Ele respira fundo erguendo as mais desanimado.

— Fiz. — Dá um meio sorriso. — Mas depois disso tudo...

— Nada disso. — O corto animada. — Não posso menosprezar isso.

Por Deus, os detalhes, o carinho e o maldito cheiro dessa comida está me deixando com água na boca.

—Vou tomar um banho e pôr uma roupa confortável e volto para me deliciar com o que você fez. — Digo e em troca recebo um lindo sorriso.

— Tem certeza?

12. Ardente PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora