46§ Uma nova linha de investigação

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A relação entre a mulher e a assistente social pareceu ser cada vez mais irreconciliável. No meio do debate, um fantasma do passado da mulher ressuscitou e tudo parece cada vez mais confuso...

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- PAI -

A delegacia parecia estar bem menos agitada do que das últimas vezes em que estivera ali.

Optara por se manter afastado daquele lugar, depois da noite que tinha passado ali. 

Volta e meia telefonava para lá, indagando novidades e, se era o caso de haver alguma operação no terreno, voluntariando-se para ajudar. 

Contudo, o seu foco nos últimos dias fora na investigação que, em conjunto com o padrinho, estavam a levar a cabo, à revelia da polícia. 

Continuava convencido de que eles poderiam encontrar a filha antes dos agentes policiais.


Grande parte do seu tempo tinha sido consumido em visitas a muitos dos contactos que o canal televisivo recebera, a afirmarem ter visto a menina. 

A maior parte deles revelara-se inútil, sendo simplesmente caçadores de fortunas, com informações pouco fiáveis. 

Percorrera quilómetros a fio de norte a sul do país. Desde os tempos de camionista que não conduzia tanto. 

Todas estas maratonas tinham acabado por se traduzir em curtos períodos de tempo passados em casa, ao pé da esposa.


A relação deles continuava tremida, muito por causa dos julgamentos apressados que ela teimava em tecer às suas atitudes. 

Sabia que a esposa se apegara às desconfianças que tinha acerca dele. 

As inconsistências, as meias verdades e as falsidades tinham se acumulado de tal modo na vida dele, que já era incomportável gerir todas elas, sem que alguma ficasse com o rabo do lado de fora. 

Obviamente que ele não se orgulhava disso. Mas, por outro lado, tudo o que fizera fora em prol da sua família, para garantir que tinham uma vida melhor. 

A sua ocupação evitara que eles tivessem perdido aquele duplex, quando a prestação disparou. 

O dinheiro que recebera das suas clientes fora investido também nos médicos a que tinham levado a filha e nos exames dispendiosos a que ela tinha sido submetida. 

Eram bastante onerosas, quaisquer consultas com um médico mediano para aquela especialidade. 

Enfim, dum jeito retorcido, tudo de questionável que tinha feito, fora por amor à mulher e à filha. 

Não entendia o porquê de ela fazer perguntas, se não estava preparada para as respostas.


Várias noites chegara a casa e encontrara a mulher adormecida no quarto da filha. 

Podia ver a cabeça dela prostrada sobre a cama da menina, ao passo que estava ajoelhada no chão da divisão. 

Não raro, encontrava um copo vazio e uma garrafa de licor ou vinho já insertada. 

A Filha Roubada - Completo - ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora