53§ A objetiva indiscreta

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A mãe foi submetida a diversos exames médicos e o diagnóstico caiu como uma bomba nas mãos dela e de alguém mais...

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- PAI -

Saíram ambos do consultório médico sem trocarem uma palavra.

O doutor deveria estar bastante confuso com a reação singular daquele casal, que mal se olhara, mesmo após tamanha novidade.

Pelo menos a mulher não lhe dera a menor margem, apesar das tentativas que tinha ensaiado.

O médico ficara também surpreendido em como, após três meses de gestação, ela não desconfiara de nada.

- Tem de estar mais atenta aos sinais do seu corpo! - repreendera-a o doutor. - Como a senhora chega aqui, ao serviço de urgências, e não refere que não tem menstruação há três meses? Sabia que se o feto fosse mais recente, podia ter posto gravemente em risco a vida dele, ao fazer aquela ressonância?

Embora pudesse não transparecer, ele era um marido atento e sabia que a esposa sempre tivera ciclos menstruais muito irregulares.

Por isso, para ela era natural passar semanas a fio sem que o período lhe aparecesse.

De resto, fora um desafio ela engravidar, da primeira vez. Ambos tinham-se exposto a alguns tratamentos, com o objetivo de potenciar a fecundação.

Somente meses mais tarde, depois de muita resiliência, a boa nova surgira.

Como tal, quando estava com a esposa, nunca se preocupava muito com o uso de medidas ati-conceptivas. Ela também nunca reclamara disso.

O cenário era totalmente diferente quando ele passava a noite com alguma cliente.

Aí, a utilização do preservativo era religiosa, e nunca o descurara uma vez sequer.

Mais do que o pavor de poder ser infetado com alguma doença, era o temor de a transmitir à sua mulher, que não tinha culpa da vida dúbia que levava.

A esposa acelerou o passo em direção à sala de espera, talvez fosse em busca do barman.

O ex-colega tinha-lhe telefonado a avisar do sucedido, e ele viera imediatamente ao encontro da esposa, no hospital.

Deixara o padrinho de vigilância ao local de trabalho da assistente social.

Estava certo de que o homem não se atrapalharia com a tarefa, afinal, estava-lhe nas veias a vocação de detetive.

Viu-a olhar ao redor de toda a sala de espera. Definitivamente procurava o empregado do bar.

- Pedi-lhe que fosse embora. - disse-lhe ele, referindo-se ao ex-colega. - Não se justificava ficar aqui, quando eu, o teu marido, já estava presente!

Ela olhou-o com aquela expressão condenatória do costume e virou-lhe costas em direção à saída do hospital.

- Precisamos de falar! - pediu-lhe ele, após ir no encalço dela.

A Filha Roubada - Completo - ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora