49§ Depois de ti?

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Novos detalhes foram aportados acerca do evento da pastelaria. As máscaras caíram e o pai parece estar em maus lençóis ...

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- PAI -

Porque o passado era incapaz de lhe perdoar qualquer um dos seus erros? 

Considerava exagerado o preço que tinha de pagar por cada uma das suas mentiras!

Era como aqueles restaurantes sumptuosos que frequentava com as suas clientes. Quando entravam, já sabiam de antemão que a conta seria elevada. 

Mas no final, o chefe de sala conseguia sempre os surpreender com uma fatura exorbitante, face à qualidade da comida que tinha sido oferecida. 

Isto para não falar nas taxas de serviço que tinham virado moda recentemente, uma forma pomposa de exigir o pagamento de uma gorjeta.

Da mesma forma, ele aceitava que merecesse alguma penalização por todas as falsidades que confecionara ao longo dos anos. 

Não obstante, sentia que a pena que lhe fora aplicada, pecava pelo excesso. 

Afinal, ele era capaz de arranjar uma justificação nobre para cada um dos atos de que era acusado e isso deveria de servir de atenuante. 

No entanto, ninguém parecia disposto a ouvir o que tinha para dizer. Muito menos a sua esposa!

Depois de todo o vexame que sofrera na delegacia, ela recusara-se a falar com ele. 

A esposa abandonara imediatamente o local, abdicando até de conhecer o desfecho do depoimento do taxista. 

Já ele, optara por permanecer mais algum tempo, desejando secretamente que os ânimos pudessem arrefecer e que conseguisse falar com ela mais tarde.

O seu ex-colega, atualmente barman, pedira-lhe permissão para dar boleia à esposa até a casa. Obviamente, não se opusera a essa oferta. 

Previamente a todo o escândalo, tinha pedido ao barman que fosse discreto ao mencionar qualquer assunto relacionado com a empresa. 

Não se alongara em detalhes ao ex-colega, apenas dizendo-lhe que necessitara de ocultar algumas coisas da esposa, mas sempre por um bom motivo. 

O barman assentira ao seu pedido, sem fazer mais questões. Infelizmente, de pouco isso valera-lhe quando, minutos depois, surgira aquele pasteleiro traído.

Após o taxista sair do questionário, quisera apresentar-se a ele e ouvir tudo o que o homem tinha a contar sobre aquela noite. 

O padrinho também estivera presente, apontando tudo o que considerava relevante e colocando uma ou outra pergunta, no intento de complementar algo menos claro. 

Finalmente, quando o padrinho confrontara o taxista com a fotografia da assistente social, ficara claro de que ele não conhecia essa mulher.

– Levo-te a casa! – disse-lhe o padrinho, depois de terem terminado com o taxista.

A Filha Roubada - Completo - ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora