69§ A encruzilhada

116 20 6
                                    

----------

O Wattpad por vezes tem comportamentos estranhos.

Assim, antes de continuar, certifique-se sempre de que leu o capítulo anterior.

Entre e saia regularmente da sua conta no wattpad, para que este possa fazer as atualização mais profundas sofridas pela plataforma.

< Capítulo anterior: 68§ Depois da tormenta

Se por um lado o casamento parece continuar tremido, por outro, o pai ficou a par do regresso da peça chave que lhe pode revelar o paradeiro da filha...

----------

- ASSISTENTE SOCIAL -

Pousou abruptamente os sacos com as suas mercearias e encarou o pai da criança.

– O que você está a insinuar? – questionou-o, com toda a rispidez ao seu alcance. – Diga-me!

– Eu estou a afirmar! Você sabe onde a minha filha está! Você foi conivente com o rapto dela! A senhora é cúmplice dum sequestro!

Embora sentisse o pavor a irromper dentro de si, a tomar conta dos seus atos, ela não podia ceder. 

Eram acusações tão graves, quanto verdadeiras. Não era a altura de demonstrar qualquer fragilidade. 

Ao menor passo em falso, seria engolida, ali mesmo, por aqueles dois homens.

– Meça bem as suas palavras, cavalheiro! – ameaçou-o, fazendo uso da austeridade que ainda lhe restava. – Calúnia e difamação são bases mais do que suficientes para mover-lhe um processo. Acho que não precisa de mais problemas neste momento, pois não?

– E rapto de menores? Será base suficiente para quê? Prisão?

– Você deve estar insano, certamente! – sorriu ela, ironicamente. – Que provas tem do que está para aí a dizer?

O pai da criança não desarmava e isso assustava-a cada vez mais. Um homem sem evidências em seu poder, não insistiria assim daquela forma.

– Pessoas do bairro identificaram-na no parque, onde a minha filha costumava brincar. Você e outra mulher! Ambas costumavam manter contacto com a minha filha!

– É isso tudo o que você tem acerca de mim? – voltou a caçoar do pai da criança, embora as suas entranhas emitissem ruídos do pavor que a percorria. – Sabe quantas famílias eu acompanho naquele bairro? Muitas! E sim... a sua é uma delas!

Voltou a pegar nos sacos para entrar em casa, em busca do seu porto seguro. 

Iria ignorá-los, dando a entender que não tinha nada a esconder e muito menos com o que se preocupar.

– Como você sabia então que a mulher que raptou a criança era da capital? – questionou o padrinho.

O homem que acompanhava o pai da menina quebrara finalmente o silêncio. 

Aquela voz ponderada e calculista atingiu-a como um raio, aportando luz sobre algo que ela nunca se dera conta. 

O homem tinha aspeto de raposa velha, tendo a observado atentamente desde o momento em que tinha sido interpelada. 

Ele esperara pacientemente para a atacar no instante em que estivesse mais frágil e desprevenida.

Ela conhecia perfeitamente essa forma de atuar, ou não a usasse também quando visitava alguma família. 

A Filha Roubada - Completo - ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora