72§ De volta à cena do crime

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< Capítulo anterior: 71§ A babysitter

A assistente social foi para a capital decidida a chegar a uma solução com a amiga acerca do sequestro da criança. Contudo, com a ausência da amiga, e a criança aos cuidados da babysitter, a assistente social viu uma oportunidade para reescrever esta história...

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- MULHER -

O ex-marido sempre lhe dissera que o maior erro dum criminoso era voltar à cena do crime. Contudo, lá estava ela, de regresso ao bairro onde tudo acontecera.

Embora tivesse saído dali há poucas semanas atrás, parecia-lhe um passado distante. Afinal, os dias decorridos tinham sido tão intensos e repletos de novas experiências.

Sentia-se viva de novo! Recuperara o quão era imprevisível partilhar a vida com uma criança, ainda por cima com uma menina tão especial como era aquela.


Olhou com saudade a tela e o estojo com todo o material de pintura, ali no atelier improvisado que montara há algum tempo no seu apartamento.

Aquele fora o motivo pelo qual decidira regressar ao bairro, ou pelo menos convencera-se a si mesma disso.

Os pincéis, a mistura de cores na paleta, a suave pressão dos fios do pincel contra a tela já eram uma extensão de si. Sem eles sentia-se incompleta.

Contactara uma companhia de mudanças que a auxiliaria com o transporte das coisas que considerava indispensáveis.

Muito provavelmente, não voltaria a viver mais ali naquele apartamento, atendendo a que o risco de alguém reconhecer a menina era enorme.

Assim, levaria os pertences pessoais que tinham maior valor pessoal para si. Não despiria o apartamento do mobiliário, já que não tinha mesmo onde o por.

O imóvel com o seu recheio também poderia facilitar as suas pretensões de o alugar e, assim, obter uma fonte de rendimento extra, que iria aplicar na educação e bem-estar da menina.


Antecipando a necessidade de um dia ter de se ausentar, principiara na semana anterior a buscar uma babysitter.

Precisava duma pessoa que estivesse disposta a passar um par de dias, e até mesmo noites, com a menina.

Procurava alguém que fosse fiável, que não fizesse demasiadas perguntas e que não estivesse muito a par do caso do desaparecimento.

Uma empresa especializada para o efeito enviara-lhe três candidatas.

Após entrevistar cada uma delas, acabara por selecionar uma estudante de mestrado, demasiado absorta entre os estudos e o trabalho.

A rapariga questionara-a se ela não se importava que trouxesse alguns livros do seu mestrado para ir estudando nos tempos em que a criança estivesse mais entretida.

Não objetara nada em contra, aliás, até admirava e incentivava as jovens dedicadas aos estudos.

Apenas pedira que a babysitter garantisse que todas as janelas e portas estavam bem fechadas e que estivesse atenta à menina durante a noite, dado o seu historial de sonambulismo.

A Filha Roubada - Completo - ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora