82§ O preço do resgate

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Á medida que a esposa ia-se ambientou ao regresso da menina, o marido recordou-se do clima de tensão nas negociações encetadas na noite anterior. Finalmente, a esposa pediu-lhe que contasse tudo o que ocorreu nas últimas horas...

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- PAI -

Equacionou por onde deveria principiar a relatar a versão censurada dos acontecimentos. Qual seria o melhor ponto para começar a desenrolar aquele novelo.

– Quem era a sequestradora? – perguntou a esposa, impaciente. – Qual foi o papel da assistente social no rapto?

Teria de ser o mais sucinto possível acerca da sequestradora. Embora não a pudesse eliminar da história, teria de diminuir a relevância do papel dela ao essencial. 

Caso enveredasse em demasiadas explicações acerca da raptora, poder-se-ia ver encurralado, sem outra opção para além da de revelar os episódios mais negros do seu passado.

– Há uns meses atrás, a assistente social recebeu uma queixa acerca da forma como a nossa filha estava a ser cuidada. A mulher que a fez, pediu-lhe que mantivesse essa denúncia como sendo anónima.

– Mas quem era essa mulher? – interrogou novamente a esposa. – Ela conhecia-nos, para fazer uma acusação dessa gravidade?

– Alguém que morava aqui no bairro, uma vizinha! Não sei de que prédio ou rua! O certo é que ela apercebeu-se das longas horas que a criança passava sozinha no parque. – complementou, acariciando as mãos da esposa. – Ela testemunhou o atentado no bairro e afiançou que a nossa filha esteve a escassos centímetros de ser uma vítima mortal dele.

– Ainda me arrepio só de lembrar-me desse dia! Foram horríveis aqueles minutos em que procurava a nossa filha no meio das pessoas atingidas. – contou-lhe a esposa, consternada perante a revelação.

Ele esforçava-se por contar a versão mais próxima da verdade. 

Efetivamente, estes tinham sido motivos aportados pela sua antiga namorada, ao longo da noite anterior, para realçar as lacunas que ele e a esposa tinham como pais.

– Eu jamais me perdoaria se a nossa filha tivesse... morrido! – confessou a esposa, acariciando o rosto da menina, que continuava a dormir. – No entanto, um rapto? Como pode alguém pensar que isso é a solução? Ainda por cima uma assistente social envolvida nisso!

– Pois, a assistente social nega ter planeado qualquer sequestro da menina. A tal vizinha agiu em desespero e à sua revelia. Segundo entendi, é uma mulher um pouco transtornada, com traumas do passado.

– Uma louca? A nossa filha esteve nas mãos duma louca, é isso?

– Querida, penso que loucura é um termo demasiado forte para este caso. – procurou ele colocar água na fervura. – Existem pessoas com feridas profundas que nunca cicatrizarão. A assistente social garante que a mulher em causa, sempre zelou pelo bem-estar da nossa filha. Inclusive, foi ela quem protegeu a menina de danos mais severos nesse malogrado atentado.

A Filha Roubada - Completo - ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora