41§ Demónios guardados no armário

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O Wattpad por vezes tem comportamentos estranhos. Assim, antes de continuar, certifique-se sempre de que leu o capítulo anterior.

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Quer o pai, quer o barman demonstraram não ter dado por perdida a missão de encontrar a menina. A mãe confrontou o marido com uma observação inesperada...

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# AVISO IMPORTANTE #

Muitos dos leitores reportaram problemas com a visualização do capítulo que se segue, nomeadamente frases que aparecem incompletas.

Este problema prende-se com o próprio Wattpad. Para o resolver deverá bastar desconectarem-se da vossa conta e voltarem de seguida a conectar-se.

Caso a situação não fique corrigida, ou caso isto aconteça em outros capítulos, agradeço que continuem a informar-me.

Como sempre, todas as críticas, sugestões e correções ortográficas são muito bem-vindas por mim.

Um grande abraço e vamos ao capítulo de hoje!

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- MÃE -

Mais uma vez o marido foi salvo de explicações pela interrupção de terceiros. A irmã e o advogado aproximaram-se na hora agá e ele aproveitou para se escudar imediatamente neles.

– Tenho de voltar para a capital, deixas-me na estação? – questionou a irmã. – Não me posso atrasar mesmo.

Ela ainda olhou para o marido, o qual rapidamente sugeriu que ela fosse com a irmã e não se preocupasse com ele.

– Certamente que o Senhor Advogado não se importa de me dar uma boleia para casa, não é? – pediu, em tom de sugestão, ao homem que acabara de conhecer.

O marido preferira refugiar-se atrás de um estranho do que acompanhá-la a ela e à cunhada. Porquê? Tudo por causa do seu medo mórbido de ser confrontado com as suas falsidades. 

Ela questionava-se até quando o sentimento que os unira seria capaz de resistir à corrosão que este ambiente de suspeição potenciava.

– Acreditas que o amor pode resistir a tudo? – perguntou à irmã, enquanto conduzia rumo à estação. – Achas que pode sobreviver a mentiras, segredos e traições?

A irmã olhou-a com estranheza, por breves instantes, como que não entendendo a origem daquelas questões existenciais.

– O que se passa contigo?

Ela deixara escapar, ainda que duma forma retórica, aqueles desabafos em forma de interrogações. 

Na realidade não esperava uma resposta da irmã, pois sabia que, por mais boas intenções que ela tivesse, não a podia ajudar muito nessa área. 

Afinal, o que a irmã percebia de amor? Ela limitara-se a amar pelos olhos dos pais.

– Às vezes sinto-me tão só nesta batalha... parece que sou eu a única a defender o nosso casamento, a nossa família e a nossa relação. – desabafou à irmã. – Será que vale a pena continuar agarrada à imagem dum homem que já não existe mais? Quanto mais tempo vou perder, na ilusão de resgatar uma cumplicidade há muito perdida e que se calhar nunca existiu?

A Filha Roubada - Completo - ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora