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O Wattpad por vezes tem comportamentos estranhos. Assim, antes de continuar, certifique-se sempre de que leu o capítulo anterior.
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A assistente social ficou a par de um novo dado que põs em causa tudo o que dera como adquirido até ao momento...
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- MÃE -
Apesar da euforia inicial que o álcool provocara, esse efeito não tinha qualquer base para perdurar.
Rapidamente foi açoitada pela ausência da menina ao seu lado, a falta do pequeno rosto que costumava acariciar, quando se sentia só.
Podia ouvir na sua cabeça aquela gargalhada inusitada que a filha soltava, quando via alguma palhaçada de um desenho animado.
Todos esses pequenos detalhes, que nunca valorizara, consumiam-na agora.
– Mande vir mais outro copo aqui para a senhora!
A princípio não entendeu que o homem, totalmente desconhecido, se referia a ela.
Somente quando ele pulou dois bancos ao balcão, para se sentar no imediatamente ao seu lado, apercebeu-se que o indivíduo queria meter conversa com ela.
– Ouviste ó rapaz!? – realçou com a sua voz fanfarrona. – Traz outro aqui para a madame, que ela parece estar a precisar.
Ela olhou-o com estranheza, ainda incrédula com a aproximação do indivíduo, que deveria ser pelo menos uns vinte anos mais velho.
Os seus pensamentos estavam turvos e pareciam guerrear uns com os outros dentro da cabeça. A vodka estava no controle do seu organismo, que não se alimentara durante aquele dia.
Viu o barman começar a preparar um novo White Russian, ainda que contrariado e com cara de poucos amigos.
Ou talvez aquela tivesse sido sempre a sua atitude e na realidade era o álcool que estava a fomentar histórias na sua cabeça!
– Tudo vai ficar bem bonitinha! – disse o estranho, tirando-lhe o cabelo da frente dos olhos e aproveitando para acariciar-lhe a nuca, no seguimento. – Eu faço-te companhia e até estou disposto a ouvir o que te está a preocupar.
Aquela mão na sua cabeça despoletou nela um sentimento de repulsa, que a impeliu a rejeitar de imediato a aproximação do indivíduo.
– Mas eu conheço-o de algum lado? – disse-lhe, sentindo a sua voz se arrastar. – Deixe-me em paz!
– Ora! Não te irrites! Só quero ajudar! – continuou a cantarolar o estranho. – Sei perfeitamente do que mulheres como tu estão a precisar!
Naquele momento, o desconhecido passou as mãos nas suas pernas. Nunca tinha tido uma abordagem tão rude por parte de um homem.
Levantou-se de rompante pronta para dar-lhe uma bofetada, mas refreou-se a tempo.
– Não me toque! – avisou-o com a firmeza possível dado o seu estado. – Afaste-se de mim!
– Ouviu a senhora? – interveio o barman.
– Traga mas é a bebida que lhe pedi e não se meta em assuntos de clientes! – repreendeu o estranho
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A Filha Roubada - Completo - ✔
General FictionTodos achavam que a vida duma criança deveria ser um livro aberto, mas agora ela está desaparecida! Uma mãe desesperada que luta contra o remorso, um pai com muito a esconder, uma mulher que enfrenta o dilema da sua vida e uma assistente social pouc...