33§ Uma dádiva celestial

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O Wattpad por vezes tem comportamentos estranhos. Assim, antes de continuar, certifique-se sempre de que leu o capítulo anterior.

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A assistente social ficou a par de um novo dado que põs em causa tudo o que dera como adquirido até ao momento...

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- MÃE -

Apesar da euforia inicial que o álcool provocara, esse efeito não tinha qualquer base para perdurar. 

Rapidamente foi açoitada pela ausência da menina ao seu lado, a falta do pequeno rosto que costumava acariciar, quando se sentia só. 

Podia ouvir na sua cabeça aquela gargalhada inusitada que a filha soltava, quando via alguma palhaçada de um desenho animado. 

Todos esses pequenos detalhes, que nunca valorizara, consumiam-na agora.


– Mande vir mais outro copo aqui para a senhora!

A princípio não entendeu que o homem, totalmente desconhecido, se referia a ela. 

Somente quando ele pulou dois bancos ao balcão, para se sentar no imediatamente ao seu lado, apercebeu-se que o indivíduo queria meter conversa com ela.

– Ouviste ó rapaz!? – realçou com a sua voz fanfarrona. – Traz outro aqui para a madame, que ela parece estar a precisar.

Ela olhou-o com estranheza, ainda incrédula com a aproximação do indivíduo, que deveria ser pelo menos uns vinte anos mais velho. 

Os seus pensamentos estavam turvos e pareciam guerrear uns com os outros dentro da cabeça. A vodka estava no controle do seu organismo, que não se alimentara durante aquele dia. 

Viu o barman começar a preparar um novo White Russian, ainda que contrariado e com cara de poucos amigos. 

Ou talvez aquela tivesse sido sempre a sua atitude e na realidade era o álcool que estava a fomentar histórias na sua cabeça!

– Tudo vai ficar bem bonitinha! – disse o estranho, tirando-lhe o cabelo da frente dos olhos e aproveitando para acariciar-lhe a nuca, no seguimento. – Eu faço-te companhia e até estou disposto a ouvir o que te está a preocupar.

Aquela mão na sua cabeça despoletou nela um sentimento de repulsa, que a impeliu a rejeitar de imediato a aproximação do indivíduo.

– Mas eu conheço-o de algum lado? – disse-lhe, sentindo a sua voz se arrastar. – Deixe-me em paz!

– Ora! Não te irrites! Só quero ajudar! – continuou a cantarolar o estranho. – Sei perfeitamente do que mulheres como tu estão a precisar!

Naquele momento, o desconhecido passou as mãos nas suas pernas. Nunca tinha tido uma abordagem tão rude por parte de um homem. 

Levantou-se de rompante pronta para dar-lhe uma bofetada, mas refreou-se a tempo.

– Não me toque! – avisou-o com a firmeza possível dado o seu estado. – Afaste-se de mim!

– Ouviu a senhora? – interveio o barman.

– Traga mas é a bebida que lhe pedi e não se meta em assuntos de clientes! – repreendeu o estranho

A Filha Roubada - Completo - ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora