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A mãe decide fazer uma viagem para por os pensamentos em ordem. Contudo, quando vai apanhar o táxi é surpreendida...
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- ASSISTENTE SOCIAL -
A vizinha não contivera tanto entusiasmo, ao contar-lhe tudo o que vira discretamente a partir da janela dela.
A mulher, no meio da sua quinta década, tinha acabado de fazer-lhe um relato telefónico detalhado de tudo o sucedido.
Basicamente, dois homens tinham invadido o seu jardim e batido à sua porta! Ao ouvirem movimentos dentro de casa, tinham persistido em a chamar.
– Atenda, por favor! – dissera o homem mais novo. – Sabemos que está em casa! Só queremos falar um pouco consigo.
Após alguma insistência, o seu cão revelara-se finalmente à janela, ladrando-lhes.
A face irritada do homem mais jovem despoletara no seu dachshund uma vontade ainda mais incessante de latir, como que o mandando embora dali.
– Cão idiota! – resmungara o homem mais jovem. – Fez de nós parvos.
Ambos os homens tinham então deixado a sua propriedade, com o mais velho acalentando o mais jovem, face à frustração dele.
Efetivamente ela não estava em casa! Após a visita que fizera cedo à amiga, na capital, e perante a teimosia desta em não devolver a criança, tinha regressado de mãos vazias.
Tudo continuava como dantes, com uma grande diferença: ela estava suspensa, ou de férias forçadas, das suas atividades como assistente social.
Quem a conhecia, sabia perfeitamente que ela não era mulher de ficar em casa a ver passivamente os dias arrastarem-se lentamente.
Ou bem que estava envolvida no seu quotidiano profissional, ou então preferia ir para algum sítio sossegado e abstrair-se do mundo real. Enfim, relaxar!
Assim, ao chegar a casa, não hesitara em pegar meia dúzia de trapos e fazer-se ao caminho.
Escolheu uma das montanhas nos arredores e conduziu até lá. Já conhecia o responsável por alugar alguns pequenos chalés ali.
Pedir-lhe-ia a chave para um deles e passaria o tempo entre esquiar e enroscar-se numa manta, em frente à lareira, a ler um romance idílico, acompanhado pelo seu chá.
A sua única preocupação fora o cachorro, como gostava de lhe chamar.
Chamar o seu atrevido dachshund simplesmente de cão, parecia-lhe grutesco e algo frio.
Como de costume, recorrera à sua vizinha do lado, para pedir-lhe que desse comida ao cachorro e o passeasse durante os dias em que estivesse ausente.
Era uma simples troca de favores, já que ela fazia o mesmo pela vizinha, quando esta ia visitar familiares ao sul.
A sua relação com a vizinha limitava-se a isso mesmo: uma mera relação cordial de pessoas que viviam em casas contíguas.
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A Filha Roubada - Completo - ✔
Ficción GeneralTodos achavam que a vida duma criança deveria ser um livro aberto, mas agora ela está desaparecida! Uma mãe desesperada que luta contra o remorso, um pai com muito a esconder, uma mulher que enfrenta o dilema da sua vida e uma assistente social pouc...