56§ O cão da vizinha não é melhor do que o meu

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A mãe decide fazer uma viagem para por os pensamentos em ordem. Contudo, quando vai apanhar o táxi é surpreendida...

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- ASSISTENTE SOCIAL -

A vizinha não contivera tanto entusiasmo, ao contar-lhe tudo o que vira discretamente a partir da janela dela. 

A mulher, no meio da sua quinta década, tinha acabado de fazer-lhe um relato telefónico detalhado de tudo o sucedido.

Basicamente, dois homens tinham invadido o seu jardim e batido à sua porta! Ao ouvirem movimentos dentro de casa, tinham persistido em a chamar.

– Atenda, por favor! – dissera o homem mais novo. – Sabemos que está em casa! Só queremos falar um pouco consigo.

Após alguma insistência, o seu cão revelara-se finalmente à janela, ladrando-lhes. 

A face irritada do homem mais jovem despoletara no seu dachshund uma vontade ainda mais incessante de latir, como que o mandando embora dali.

– Cão idiota! – resmungara o homem mais jovem. – Fez de nós parvos.

Ambos os homens tinham então deixado a sua propriedade, com o mais velho acalentando o mais jovem, face à frustração dele.


Efetivamente ela não estava em casa! Após a visita que fizera cedo à amiga, na capital, e perante a teimosia desta em não devolver a criança, tinha regressado de mãos vazias. 

Tudo continuava como dantes, com uma grande diferença: ela estava suspensa, ou de férias forçadas, das suas atividades como assistente social.

Quem a conhecia, sabia perfeitamente que ela não era mulher de ficar em casa a ver passivamente os dias arrastarem-se lentamente. 

Ou bem que estava envolvida no seu quotidiano profissional, ou então preferia ir para algum sítio sossegado e abstrair-se do mundo real. Enfim, relaxar!

Assim, ao chegar a casa, não hesitara em pegar meia dúzia de trapos e fazer-se ao caminho. 

Escolheu uma das montanhas nos arredores e conduziu até lá. Já conhecia o responsável por alugar alguns pequenos chalés ali. 

Pedir-lhe-ia a chave para um deles e passaria o tempo entre esquiar e enroscar-se numa manta, em frente à lareira, a ler um romance idílico, acompanhado pelo seu chá.


A sua única preocupação fora o cachorro, como gostava de lhe chamar. 

Chamar o seu atrevido dachshund simplesmente de cão, parecia-lhe grutesco e algo frio. 

Como de costume, recorrera à sua vizinha do lado, para pedir-lhe que desse comida ao cachorro e o passeasse durante os dias em que estivesse ausente. 

Era uma simples troca de favores, já que ela fazia o mesmo pela vizinha, quando esta ia visitar familiares ao sul.

A sua relação com a vizinha limitava-se a isso mesmo: uma mera relação cordial de pessoas que viviam em casas contíguas. 

A Filha Roubada - Completo - ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora